27 de fev. de 2012

Brasil próximo de chegar ao seu trigésimo partido

Do Jornal Zero Hora

TSE pode validar nos próximos dias a criação do PEN, nova sigla ecológica

É um partido “mais ou menos de centro” – palavras do presidente nacional da sigla –, nem de situação nem de oposição, nem de esquerda nem de direita, com o objetivo de “ajudar a não atrapalhar”. Trata-se do Partido Ecológico Nacional (PEN), a 30ª legenda política brasileira, que deve ter seu registro deferido pelo Tribunal Superior Eleitoral nos próximos dias.

Depois do PSD de Gilberto Kassab – que também se disse nem de esquerda nem de direita –, surge outra sigla com ideologia claudicante. Essa flexibilidade já vinha dominando inclusive partidos tradicionais, como PMDB e PTB, que se mantêm no poder enquanto o comando troca.

– Com tanta semelhança entre eles, o eleitor tem dificuldade para escolher qual é o da sua preferência – diz o cientista político Valeriano Costa, da Universidade de Campinas (Unicamp).

Mas o PEN, como sugere o nome, aponta o foco para “sustentabilidade”. Até aí, não haveria diferença em relação ao PV, mas o presidente do novo partido, Adilson Barroso, reprova qualquer benevolência à maconha e ao casamento gay (leia a entrevista ao lado).

Administrador de empresas, Barroso fundou o partido em Barrinha, município de 30 mil habitantes próximo a Ribeirão Preto, no interior de São Paulo. Fez isso “para não ficar deprimido” depois que desafetos políticos o desbancaram da presidência do PSC paulista. Antes, em 2002, ele chegou a se eleger deputado estadual pelo antigo Prona, de Eneas Carneiro, com apenas 9 mil votos – conquistou a vaga graças à votação do fenômeno dra. Havanir, que alguns chamavam de “a mulher do Eneas”, embora não fosse.

O registro do PEN recebeu esta semana parecer favorável do Ministério Público Eleitoral, e agora aguarda julgamento no plenário do TSE.

POSTADO POR CLEUMY CANDIDO FONSECA ÁS 07:14

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