15 de nov. de 2014

GOVERNADOR ELEITO DEBATE DESAFIOS DA GESTÃO NA ASSEMBLEIA

 
 
Os desafios da administração estadual e do orçamento foram debatidos pelo governador eleito Robinson Faria (PSD) e os deputados da atual e da próxima legislatura nesta quarta-feira (12). Liderados pelo atual presidente da Casa, Ricardo Motta (Pros), os deputados fizeram reunião com Robinson e questionaram sobre os projetos da próxima administração.
Deputado estadual por 24 anos e oito anos como presidente da Assembleia Legislativa, Robinson afirmou que manterá o diálogo com o poder legislativo e pediu apoio aos parlamentares para superar os desafios da administração. “A missão de governar o Rio Grande do Norte não é apenas do governador. Cada um de nós tem obrigação como representantes do povo de promover o desenvolvimento do nosso Estado. Eu peço como governador eleito, como ex-deputado e como cidadão, apoio de vocês para juntos ajudarmos o Rio Grande do Norte”, destacou Robinson.
O governador eleito lembrou do papel da Assembleia de ser o “alicerce” na aprovação dos projetos que beneficiarão a população, na questão orçamentária e no atendimento ao cidadão. “A Assembleia é a casa do povo e sei que poderei contar com o apoio de vocês, independente de bandeiras partidárias. A campanha já acabou. Vamos olhar para o futuro, vamos pensar no Rio Grande do Norte”, justificou.
Aos deputados, o governador eleito disse que o gabinete no poder executivo estará aberto para eles a qualquer momento. “Vocês são representantes do povo. Representantes de segmentos que apoiaram Robinson. Estaremos na governadoria a partir do ano que vem trabalhando, dialogando e escutando de vocês as demandas do interior, da capital, dos projetos que precisam de mais atenção”, garantiu.
O presidente da Casa, Ricardo Motta agradeceu a visita do governador eleito ao legislativo estadual e afirmou que Robinson pode contar com a Assembleia.
Robinson falou ainda sobre elo com grupo de deputados do PSD e deputados que o apoiam. “A Assembleia contará com três deputados do PSD: José Dias, Dison Lisboa e Galeno Torquato e ainda com o apoio dos deputados Carlos Augusto Maia, Cristiane Dantas, Mineiro que estiveram junto conosco na campanha, que acreditaram no nosso projeto. Se depender de mim, os deputados ligados ao governador serão ótimos deputados para o Estado”, explicou.
O vice-governador eleito e atual deputado estadual Fábio Dantas (PCdoB) também participou da reunião e solicitou apoio dos parlamentares para informações para a equipe de transição.BLOG O PRIMO

15 de Novembro – Dia da Proclamação da República

No dia 15 de novembro celebra-se o dia da Proclamação da República, processo articulado por civis republicanos, militares, abolicionistas e outros grupos interessados no fim da monarquia.

 

O Marechal Deodoro da Fonseca capitaneou o processo de instauração da República em 15 de novembro de 1889 * 
O Marechal Deodoro da Fonseca capitaneou o processo de instauração da República em 15 de novembro de 1889 *
A Proclamação da República Brasileira ocorreu no dia15 de novembro de 1889, na cidade do Rio de Janeiro, então capital do Império. É por isso que, nesse dia, celebra-se esse acontecimento, sendo decretado feriado em todo o território nacional. O processo de instauração do regime republicano no Brasil teve como antecedentes: as várias crises institucionais que o reinado de Dom Pedro II sofreu ao longo das décadas de 1870 e 1880 e as manifestações ideológicas que permearam esse mesmo período.
A estrutura do poder imperial, que possuía um caráter centralizador, não permitia que as províncias tivessem autonomia – fato que desagradava elites regionais, como a dos fazendeiros do oeste paulista. Além disso, havia insatisfação também entre os militares, que almejavam, em grande parte, imbuídos de ideais positivistas e republicanos, uma república autoritária e modernizadora.
Havia também o grupo dos civis defensores do republicanismo e do abolicionismo, notável em suas ferrenhas críticas à estrutura do poder imperial. Nomes como os dos jornalistas Quintino Bocaiuva eSilva Jardim destacaram-se nesse processo. Esse último caracterizou-se por uma postura mais radical e revolucionária, enquanto o primeiro procurou articular os vários interessados na derrubada do Império com o objetivo de fazer uma transição o menos violenta possível.
Bocaiuva, ao lado de outro jornalista republicano, Aristides Lobo, foi, então, um dos principais responsáveis pela união dos interesses que almejavam o fim do reinado de Pedro II, tanto de militares e fazendeiros quanto de revolucionários republicanos. Em meados de 1889, após os membros republicanos do Parlamento terem rejeitado as propostas reformistas de Pedro II, que pretendia conservar-se no poder, Bocaiuva e Aristides Lobo começaram suas articulações e, em novembro, associaram-se aoMarechal Deodoro da Fonseca, principal chefe do exército brasileiro, e prepararam o golpe que foi dado no dia 15.
O jornalista Quintino Bocaiuva foi um dos principais articuladores do golpe de 1889 **
O jornalista Quintino Bocaiuva foi um dos principais articuladores do golpe de 1889 **
Após a Proclamação da República, Deodoro confeccionou uma notificação que foi encaminhada à família real, cujo conteúdo ordenava a saída do imperador e sua família do país. O processo da passagem do Império à República já foi largamente estudado por historiadores, desde o fim do século XIX até os dias de hoje. O impacto desse evento na época está bem documentado e revela o caráter de quase incredulidade da maior parte da população, princialmente da capital à época, Rio de Janeiro, que viu, em poucos dias, o ocaso do Império, como pode ser observado neste relato do jornal carioca Novidades:
“Todo o movimento social da cidade acha-se paralisado. O comércio em grande parte fechou as portas. As ruas mais frequentadas estão desertas; raros transeuntes passam, apressados, como perseguidos. […] O serviço de bondes é feito com grande irregularidade; há longos intervalos no trânsito dos carros, que chegam aos pontos de estação aos grupos de cinco e seis. […] O pânico anda no ar e nas consciências.” (Novidades [jornal]. Rio de Janeiro, 15 nov. 1889)
*Créditos da imagem: Commons