10 de set. de 2015

Caicoense se consagra como campeã nas vaquejadas pelo Seridó


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Tradicional no nordeste brasileiro, o esporte masculino da vaquejada agora está conquistando as mulheres. Sem deixar a vaidade de lado, elas não pensam duas vezes em enfrentar bois que podem pesar até 250 quilos. Para a caicoense Ana Ester, não poderia ser diferente – apaixonada por cavalos, a menina cresceu vendo o esporte contagiante através dos ensinamentos do seu avô Walfredo Lopes, “Barra de Isaias”, o seu pai Walfredo Filho e seu irmão Polion.
Bastante observadora, Ana Ester aprendeu os ensinamentos e colocou em prática em 2006, quando disputou sua primeira vaquejada em Caicó montada em um cavalo do amigo Popó Porcino. Como o primeiro boi derrubado nunca esquecido pelo vaqueiro, a caicoense guarda na memória até hoje, o dia em que foi campeã do seu sonho.
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“Naquela época tudo era mais difícil, pois eu tinha que disputar junto com com os homens, já que não tinha categoria feminina no esporte. Eu não bati a senha, mas ganhei para sempre a recordação do primeiro boi que rolou na faixa”, disse Ana Ester.
O entusiasmo da vaqueira caicoense aumentou ainda mais quando foi aprovado a categoria feminina dentro do esporte que já a consagra como uma das melhores da região do Seridó, tendo inclusive já vários títulos conquistados. O mais recente aconteceu na Vaquejada de Jucurutu, no último fim de semana, onde  montada na égua Lindinha, faturou o primeiro lugar.
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Para nossa reportagem, Ana Ester não guardou segredo de como derrubar boi e ainda que o fato de ser mulher não torna a prática do esporte uma atividade impossível. “Para se derrubar um boi em vaquejada é possuir técnica, um bom cavalo e ser apaixonada pelo esporte. Isso qualquer mulher pode ter e dominar até melhor que os homens. Hoje a mulher está inserida em todas as áreas que um dia foram consideradas impossíveis de serem conduzidas pelo público feminino. Isso prova que nós podemos fazer muitas coisas”, disse a vaqueira entusiasmada.


Por Wllana Dantas

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