O senador e presidente nacional do DEM, José Agripino Maia, foi o que mais gastou de verba disponível pelo Senado Federal para apoio da atividade parlamentar. O democrata gastou no seu trabalho mais de R$ 162 mil em oito meses (os gastos de agosto ainda estão em aberto). E mais: um levantamento feito pel’O Jornal de Hoje, mostrou que um dos principais gastos do parlamentar, as passagens aéreas, custaram bem mais em valores médios que as que foram pagas por outros senadores e deputados federais do RN.
Só com passagens aéreas, o senador democrata gastou mais de R$ 51,7 mil menos, inclusive, que outro representante do Rio Grande do Norte no Senado Federal, Garibaldi Alves (R$ 55,2 mil), do PMDB. O pai do ministro da Previdência Social, Garibaldi Alves Filho, por sinal, gastou essa quantia em menos tempo: depois de um período afastado do trabalho, pois ele só voltou ao Congresso em abril.
Porém, as passagens aéreas pagas por José Agripino tiveram um valor médio bem maior. Enquanto com R$ 55 mil Garibaldi Alves comprou 45 passagens para se deslocar de Natal para Brasília (e vice-versa), com R$ 51,7 mil o democrata pagou apenas 34. Ou seja: cada passagem de José Agripino custou, em média, R$ 1,52 mil, enquanto as de Garibaldi Alves valeram, também em média, R$ 1,13 mil.
Dessa forma, é possível constatar que as passagens pagas por José Agripino custaram cerca de 25% a mais, por passagem, que as pagas por Garibaldi Alves, o que representa, aproximadamente, R$ 400 a mais em cada uma. A diferença é ainda maior se comparados os valores pagos pelo democrata aos que custaram ao deputado federal Fábio Faria, do PSD, maior gastador da cota parlamentar na bancada do RN na Câmara Federal.
Isso porque, das várias viagens feitas por Fábio Faria, quando se fala em deslocamento Natal-Brasília, o deputado gastou apenas R$ 18,8 mil (segundo números divulgados pelo site da Câmara Federal). Sendo assim, o pessedista pagou R$ 755 por passagem, menos da metade do valor médio de José Agripino, que pagou por unidade pouco mais de 1 mil e 500 reais.
Não era para menos. O presidente democrata chegou a pagar exatos R$ 2.097,27 por uma única passagem. E mais: fez isso em seis ocasiões. O valor mais alto pago pela cota de Fábio Faria foi de R$ 1.328,40. Garibaldi Alves, R$ 1.908,57. Além disso, o menor valor gasto por José Agripino foi de R$ 615,57, enquanto o gabinete de Fábio Faria chegou a pagar apenas R$ 175,90 por uma única passagem.
COTA INDENIZATÓRIA
Além de se destacar com os gastos com o valor pago por passagem aérea, José Agripino também foi o que mais utilizou, até o momento, a cota de apoio para atividade parlamentar. Foram R$ 162.125,08, em oito meses, o que dá uma média mensal de R$ 20,2 mil por mês. Paulo Davim, do PV, foi o segundo mais gastador. Ele utilizou R$ 128.906,01 no mesmo período, tendo uma média mensal de R$ 16,3 mil. Garibaldi Alves, pelo período que ficou afastado, acabou sendo o mais “econômico”: gastou R$ 65.434,76 entre abril e agosto, mensalmente R$ 13 mil. Somado os três, os gastos da bancada do RN no Senado chegam a R$ 355 mil.
No entanto, é importante ressaltar que apesar dos altos valores, os senadores ainda gastaram menos que boa parte dos deputados federais do RN. Fábio Faria, por exemplo, gastou ao todo mais de R$ 187 mil. Sandra Rosado, do PSB, com R$ 177 mil; João Maia, do PR, com R$ 176 mil; e Fátima Bezerra, do PT, com R$ 176 mil, gastaram mais que o maior gastador do Senado.
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