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Sucessor
do prefeito rogerio Fonseca(psb) Mano tem uma “herança de poder” em mãos. Só
que não pode externar publicamente isso.
Resmunga
para poucos interlocutores.
Como
foi apoiado por Rogerio, fez parte de sua base de apoio e é do mesmo sistema
político, tem que engolir tudo a seco. Paga o ônus.
Cortes
em vantagens salariais de servidores, retração em custo da máquina pública
(como limitação de combustível para veículos automotivos), contratação de
cargos comissionados abaixo do que é cobrado por correligionários e dívidas deixadas pelo antecessor revelam pressão do
início da gestão de Mano.
O
“buraco” é impossível de ser medido a distância, de fora para dentro e sem
dados confiáveis que só mesmo o governo possui. Politicamente, a prefeito sabe
que não é prudente olhar pelo “retrovisor”, culpando o que passou para explicar
e justificar o presente.
Umarizal
(previdência própria da municipalidade), no final da administração passada.
Muitos
servidores comissionados e outros que atuavam em empregos terceirizados, durante
o Governo de Rogerio Fonseca, continuam aguardando o novo emprego. Alguns
passam situação aflitiva. Centenas deles vão continuar desempregados, pois Mano
Onofre não quer perder controle das contas.
Mano
tenta administrar calado essa relação com quem o apoiou. É provável que leve
vários meses para botar os números em dia.
Mesmo
assim, é impossível que consiga o milagre de deixar todos os insatisfeitos
felizes.
Tem
que suportar calado. Porém não significa que tenha que se submeter a todas as
pressões e eventuais chantagens de aliados.
É,
enfim, uma relação que deixará sequelas – algo comum no poder.
Perto
de completar 100 dias de gestão, Mano prioriza a arrumação da “casa”. Assim,
não pode e não deve fazer certas concessões, que podem se transformar em
permissividade.