27 de ago. de 2013

Wilma está de volta, mas cheia de ‘fantasmas’

 
 
 
A ex-governadora e atual vice-prefeita de Natal, Wilma de Faria (PSB), parece o nome da moda do noticiário político estadual. Muito mais por sua habilidade inquestionável, que usa bem os meios de comunicação e outras ferramentas de repercussão (leia-se pesquisa de opinião pública), do que propriamente por uma condição real para disputa majoritária em 2014.

Wilma sabe que esse projeto enfrenta enorme obstáculo, de cunho pessoal e familiar.

Trata-se do volume de processos que ela, filhos e irmão enfrentam por supostas práticas de corrupção. Alguns desses processos em via de julgamento, como é o caso do “Foliaduto”, escândalo que envolveu o irmão Carlos Faria, no pagamento de bandas para carnavais que nunca aconteceram.

Tem também a “Operação Hígia”, que flagrou o filho Lauro Maia (PSB) em situação desconfortável, inclusive, tendo sido preso pela Polícia Federal. Esse escândalo, segundo o Ministério Público, fez derramar o dinheiro da saúde pública pelo ralo da corrupção.

Tem ainda o “Foliatur”, o “Sinal Fechado” e o processo de investigação da “Ponte de Todos”, com fortes indícios de superfaturamento da obra, algo de torno de R$ 120 milhões.

Uma candidatura majoritária, certamente, assanharia o vespeiro, com adversários cobrando da Justiça mais agilidade. Aliás, não precisaria de uma eleição para esses processos caminhar, até porque alguns já têm sete anos.  Seria necessária, apenas, uma agilidade maior do Judiciário.

Ainda na linha de dificuldades, Wilma teria de convencer os incomodados  com o governo Rosalba Ciarlini (DEM) a compor o seu palanque, o que não seria uma tarefa das mais fáceis. O vice-governador dissidente Robinson Faria (PSD) já avisou que não abre mão da sua candidatura.

O PMDB, dos Alves, em via de rompimento com o governo democrata, também não admite apoio a Wilma, até porque o seu projeto é de disputar com candidatura própria.

Sobraria o PT, que tem simpatia pela ex-governadora, mas a sua prioridade é viabilizar estrutura político-eleitoral para eleger a deputada federal Fátima Bezerra ao Senado Federal.
O PMDB saindo de perto do DEM, certamente a petista se abraçaria com os Alves, repetindo aliança que deve permanecer no plano nacional com a presidente Dilma e o vice-presidente Michel Temer.

Conjecturas à parte, o fato é que Wilma de Faria foi “ressuscitada” pelas dificuldades do governo Rosalba, mas ela sabe que não é o suficiente para sonhar com voos mais altos.
Uma candidatura à Câmara dos Deputados estará de bom tamanho.

 Fonte: Cesar Santos

Ala do PMDB ligada a Garibaldi entrega cargos e antecipa rompimento com Rosalba

O PMDB oficializou ontem o rompimento com a governadora Rosalba Ciarlini (DEM). Todos os indicados da ala da legenda ligada ao ministro da Previdência Social, Garibaldi Filho, se afastaram do governo.

Deixaram o governo: o secretário do Trabalho, Habitação e Ação Social, Luiz Eduardo Carneiro; o presidente da Companhia Potiguar de Gás (Potigás), Fernando Dinoá; o diretor da Companhia Estadual de Habitação (Cehab), João Felipe de Medeiros. Todos indicados por Garibaldi. 
Da cota do deputado estadual Walter Alves saiu do cargo o presidente da Fundação da Criança e do Adolescente (Fundac), Getúlio Batista. 
Com isso, o único nome ainda ligado ao PMDB que segue em cargo de destaque é o secretário estadual de Agricultura, Pecuária e Pesca, José Teixeira Junior. Ele foi indicado pelo presidente da Câmara dos Deputados, Henrique Alves, em consenso com os membros do Conselho Político.
De acordo com o deputado Walter Alves, a entrega dos cargos demonstra a insatisfação com os rumos do Governo. "Foram vários episódios. Nós nunca fomos ouvidos", destacou.
Dos vários episódios, o principal é relativo a falta de diálogo. "O governo poderia ter tido dois consultores de alto nível que são o ministro Garibaldi Filho e o senador José Agripino, mas não aproveitou", desabafou.
Questionado se o afastamento dele e do ministro Garibaldi Filho seria motivado pela quebra do acordo de revezamento entre PMDB e PMN na presidência da Assembleia Legislativa, ele disse que conforme o combinado caberia ao PMDB indicar o sucessor de Ricardo Motta na presidência da Casa. No entanto, o compromisso foi quebrado, predicando Walter Alves que seria o nome para o cargo. O parlamentar nega a influência desse episódio. "Não teve. Aquilo foi uma coisa mais interna da Casa. Na verdade, a entrega dos cargos foi mais pelo desgaste", acrescentou.
O parlamentar defendeu uma candidatura própria do PMDB. "É necessário um gestor que reorganize o Estado para que ele possa ter um planejamento estratégico", frisou.
Questionado se o PMDB poderia se unir ao DEM em 2014 se Rosalba não disputasse à reeleição, Walter disse ser contra. "Vou dar a minha opinião como deputado porque quem fala pelo partido é o ministro Garibaldi e o deputado Henrique Alves. Eu acho isso (aliança com o DEM em 2014 mesmo sem Rosalba) muito difícil por causa da dificuldade com ela (a governadora)", avisou.
O deputado Henrique Alves convocou uma reunião para as 15h da sexta-feira com o objetivo de discutir a decisão.
O Mossoroensse


Médicos do RN confirmam paralisação de advertência nesta terça-feira


Os médicos do Rio Grande do Norte confirmaram para esta terça-feira, 27, a paralisação de advertência em suas atividades por pelo menos uma hora. O indicativo de greve foi aprovado durante assembleia realizada no último dia 19 de agosto, em Natal.

“O indicativo ainda não significa que iremos paralisar geral, mas garante que a categoria está insatisfeita. Essa paralisação de advertência será para mostrar que não podemos ser omissos”, declarou o presidente do Sindicato dos Médicos, Geraldo Ferreira.

Ainda estão sendo preparados pela categoria, relatórios que listem a falta de condições de trabalho e estrutura, segundo os próprios médicos. O texto será encaminhado ao Ministério Público.

Agripino “lava as mãos” com Rosalba



Nem tentem conversar com o senador José Agripino sobre o Governo do Estado. A resposta dele é que sobre esse assunto não conversa mais.

Agripino não tem sido ouvido pelo núcleo duro do Governo e, por isso, lavou as mãos.

Deu na coluna de Neto Queiroz da Gazeta do Oeste.

Governo Rosalba pode perder até dez deputados e a oposição poderá somar 20 parlamentares



Nove meses depois, muita coisa mudou. Daquele discurso de prosperidade da gestão da governadora Rosalba Ciarlini, do DEM, no início do ano, pouco se concretizou. E a crise administrativa que se agravou neste terceiro ano de mandato teve reflexos diretos na situação política da governadora. Partidos aliados anunciaram rompimento e lideranças se afastaram, deixando a gestora quase isolada politicamente.

E um exemplo disse está na Assembleia Legislativa do RN. Dos 24 parlamentares, 14 faziam parte da bancada da gestora estadual ou eram de partidos que pertenciam à base aliada do Governo do Estado. Até o final do ano, as perspectivas não são nadas positivas. Rosalba pode perder a aliança de, pelo menos, nove deputados estaduais, incluindo, o presidente da Assembleia Legislativa, Ricardo Motta.

Com relação aqueles que começaram o ano aliados e já romperam, está o deputado Gilson Moura. O partido dele, o PV, anunciou no início do ano que estava saindo da base aliada. O líder do partido, o senador Paulo Davim, passou a fazer uma forte oposição estadual ao DEM.
Em outra sigla, o PR tem outros três deputados estaduais. Ou melhor: dois, Vivaldo Costa e George Soares. Kelps Lima, que seria o terceiro, ganhou recentemente a desfiliação e deve ir para o Partido Progressista (PP), que diante de declarações do presidente do partido, Rafael Motta, deve apoiar uma candidatura de oposição em 2014.

O mesmo caminho, por sinal, deve ser seguido pelo deputado Vivaldo Costa, além de Ricardo Motta e Raimundo Fernandes, que pediram desfiliação do PMN e devem ir, justamente, para o PP. Com essa soma, já são cinco os deputados estaduais que devem deixar a governadora Rosalba Ciarlini sozinha numa tentativa de disputar a reeleição.

Contudo, além das mudanças partidárias, há também a situação das mudanças de correntes dentro do partido. Afinal, dois grandes aliados, o PMDB e o PR podem anunciar o rompimento com o Governo nos próximos dias. A situação mais clara é a dos peemedebistas. Na última sexta-feira, o presidente da Câmara Federal e do PMDB no RN, Henrique Alves, anunciou que a saída do secretário de Assistência Social, Luiz Eduardo Carneiro, antecipará o rompimento.

Os peemedebistas, segundo Henrique, devem ter candidatura própria em 2014, ou seja, é mais uma sigla que não apoiaria Rosalba numa eventual tentativa de reeleição. Dessa forma, de uma só vez, o Executivo perderia quatro parlamentares aliados: Walter Alves, Nélter Queiroz, Hermano Morais e Gustavo Fernandes. A situação do PR está menos definida. O partido, presidido pelo deputado federal João Maia, caso as desfiliações se confirmem, deve ficar apenas com George Soares.


Dessa forma, é provável Rosalba Ciarlini enfrente no último ano de Governo uma oposição que beirará a ingovernabilidade. Afinal, serão 20 parlamentares na oposição, dos 24 que têm cadeira na Assembleia, uma vez que esses 10 que deverão mudar de lado, vão se somar aos outros 10 que já são oposição desde o início do ano – Agnelo Alves, Ezequiel Ferreira, Fabio Dantas, Fernando Mineiro, Gesane Marinho, Gustavo Carvalho, José Dias, Larissa Rosado, Marcia Maia e Tomba Faria.

Jornal de Hoje