29 de jun. de 2017
Renan quer se abraçar com Lula
O senador Renan Calheiros (AL) entregou, ontem, a liderança do PMDB no Senado e saiu atirando no Governo Temer. Não se trata de um gesto pessoal, mas forçado pelas circunstâncias. Renan, na verdade, foi forçado a deixar a função porque não vinha tendo desempenho de aliado, mas de adversário de um partido que não está na aliança, mas no topo do poder. O presidente Temer é do PMDB e presidente licenciado da legenda.
O que se diz em Brasília é que o senador alagoano terá imensa dificuldade de se reeleger senador e está em busca de uma tábua de salvação. Não tem a opção, que será usada por muitos senadores encalacrados na Lava Jato, de se candidatar a deputado: como o filho é governador, ele fica impedido de disputar outro cargo que não seja a reeleição.
Brasil registra 2º maior índice de confiança na mídia
As pessoas continuam a confiar nos meios de comunicação para se informarem — e o Brasil é um dos países em que essa confiança é mais forte. Segundo pesquisa feita pelo Instituto Reuters para o Estudo do Jornalismo, da Universidade de Oxford, na Inglaterra, 60% dos entrevistados no Brasil confiam nas notícias veiculadas pelas empresas de comunicação — atrás apenas da Finlândia, com 62%. Foram entrevistadas mais de 70 mil pessoas em 36 países. A confiança também é alta em Portugal, Polônia e Holanda, mas, na Coreia do Sul, fica em 23%. A média dos países pesquisados é de 43%.
O “Relatório de Jornalismo Digital 2017” aponta ainda que as redes sociais vêm sentindo os reflexos negativos da proliferação das chamadas fake news, ou notícias falsas. Com isso, o Facebook, por exemplo, vem perdendo espaço em diversos países, inclusive no Brasil. Segundo o estudo britânico, aplicativos de mensagens, como o WhatsApp, têm ganho espaço. O estudo cita o fato de estes permitirem uma comunicação mais privada e não filtrarem o seu conteúdo através de algoritmos, como faz o Facebook.
No Brasil, 46% dos entrevistados disseram usar o WhatsApp para acessar e compartilhar notícias, um aumento de 7 pontos percentuais frente ao ano anterior. O Facebook é a escolha de 57% dos entrevistados — uma queda de 12 pontos percentuais em relação a 2016. Em 2014, o WhatsApp foi comprado pelo Facebook. Já o YouTube, da Google, é fonte de informação para 36% dos entrevistados, contra 35% um ano antes.
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