Técnicos
da Agência Nacional de Águas (ANA) virão ao Rio Grande do Norte, na
primeira semana de agosto, para anunciar as medidas a serem tomadas
quanto a oferta de água para consumo humano e irrigação de culturas
agrícolas a partir da barragem Armando Ribeiro Gonçalves, no Vale do
Açu, mas o diretor de Gestão da instituição, Paulo Varela Varella Neto,
informou ontem que os técnicos da instituição “estão estudando os
diversos cenários” sobre uma definição, se for o caso, sobre a redução
da vazão de águas à jusante da Bahia Hidrográfica do rio
Piancó/Piranhas/Açu.
Paulo Varella Neto disse que a “a situação mais crítica continua
sendo à montante” dessa bacia hidrográfica, a ponto de a ANA, já em 1º
deste mês, ter anunciado a suspensão de água para irrigação agrícola e
também para carcinicultura, piscicultura e outras atividades aquícolas.
Para Varella Neto, a situação à jusante da Barragem Armando Ribeiro, “é
bem melhor, entretanto estamos na menor cota desde que a barragem encheu
a primeira vez”, nos anos 80. “Se considerar todo o conjunto bacia
hidrográfica, o problema de oferta de água é sério e será necessária a
tomada de providências para economizar água”, continuou ele, ao explicar
que a prioridade é garantir sustentabilidade hídrica para consumo
humano.
Dados da ANA apontavam que na segunda-feira (6), a barragem Armando
Ribeiro estava com 671,51 milhões de metros cúbicos, o que correspondia a
28,8% de sua capacidade. A vazão liberada era de 4,66 metros cúbicos
por segundo, o que na avaliação de Varella Neto, daria para garantir
água para consumo humano para o ano que vem. O secretário estadual de
Meio Ambiente e Recursos Hídricos, José Mairton de França, voltou a
dizer numa reunião com deputados estaduais, na segunda-feira (7), que a
continuar nesse ritmo, a oferta de água da Armando Ribeiro para consumo
humano só daria até agosto de 2016, enquanto em dezembro deste ano, caso
a capacidade caia para 55 milhões/m³, será suspensa oferta d’água para
fins de atividade produtiva e econômica.
Tribuna do Norte