A Educação Inclusiva veio para abrir um leque de
oportunidades àquela minoria da qual a sociedade não estava dando conta. Desde
que saia do papel e seja transformada em ação, ela é plausível e eficaz.
O Esporte, por exemplo, é um instrumento pedagógico
valiosíssimo, como desenvolvimento da individualidade, formação para a
cidadania e orientação para a prática social. Além de permitir a descoberta de
novos sentidos e significados, ele proporciona chances reais de integração
social.
No Ensino Médio, eu fui apresentada ao basquetebol e
desenvolvi uma paixão por esse esporte. Não era das melhores jogadoras, mas o
que ele me ensinou hoje percebo em ações minhas do dia a dia. E, todo esporte
ensina algo, assim como depois tive grandes ensinamentos durante os treinos e
competições de handebol. Por fim, o encanto pela natação me levou a aprender os 4 estilos
de nado ainda na pré-adolescência, o que mostrou-me que poderia chegar onde nem
eu mesma acreditava. E, essa crença me trouxe medalhas. Isso é vivência. Uma
vivência possível dentro das escolas públicas porque a minha escola era
pública.
Defendo as várias práticas esportivas porque acredito que devemos
enxergar as pessoas como seres únicos, ou seja, indivíduos com necessidades e
desejos diversos. Quanto mais opções tivermos, menos exclusão teremos.
Portanto, o estímulo aos diferentes tipos e modalidades de esportes é uma
realidade possível; às vezes, com investimento alto, porém compensador porque
os instrumentos desportivos tem, em sua maioria, longa validade.
E, nessa diversidade temos de citar além dos mais
conhecidos, os esportes radicais, os esportes intelectuais e os esportes
eletrônicos. Todos esses com resultados de otimização de memória, estruturação
do pensamento lógico, agilidade em cálculo e probabilidades. Sem contar, a
emoção e adrenalina que produzem aos participantes e torcedores.
Inovar é trabalhoso, mas não é difícil. Principalmente em um
Município como Umarizal, onde percebemos que as pessoas, principalmente os
jovens, são adeptos às atividades físicas, ou melhor, atividades que causem
movimento. Porém, é necessário que conheçam mais modalidades para que possam
fazer escolhas e não sofrer imposições por falta de opção. E mais, incluir os
que estão à margem, porque sendo apresentados às variedades existentes,
certamente optarão por um ou até mais de um!
Um Educador sabe o valor de ter um cidadão envolvido na
Educação Desportiva, dentro da qual um dos princípios básicos é o famoso
fair-play (jogo limpo), que exige o respeito pelas regras; o respeito pelos colegas,
adversários e árbitro; o fortalecimento dos laços de amizade; e a disputa, sem
violência física ou verbal. Imagine o ganho imenso da sociedade só com essa
regra bem assimilada pelos atletas. Porém, volto a afirmar que é preciso que o
maior número de cidadãos sejam contagiados pela emoção do Esporte. Para isso,
deve-se ter opções para todos. Não é difícil, é apenas trabalhoso.