11 de out. de 2012
CIDADE RENOVA TODOS OS VEREADORES.
Em Astorga, norte do Paraná, nenhum dos nove parlamentares foi reeleito.
'O povo quer sempre mais', diz Osmanir Cestari, presidente do Legislativo.
Em janeiro de 2013, nenhum vereador do município de Astorga, no norte do Paraná, deve retornar à Câmara Municipal. Nas eleições de 7 de outubro, os 17.058 eleitores que compareceram às urnas optaram por eleger outros nove parlamentares para representar a população, com renovação de 100% das cadeiras.
Astorga é conhecida por ser a cidade natal de José Lima Sobrinho e Durval de Lima, mais conhecidos como Chitãozinho e Xororó. A dupla sertaneja é nome de praça na cidade, com direito à chafariz em forma de violão.
Com menos popularidade entre os habitantes, os vereadores Célio de Carlis (PSL), David Vinci (PMDB), Armando Matheus Tinoco (PSC), Analice Escoque (PSL), Osmanir Cestari (PMDB), Lindaura de Jesus Leocádio (PDT), Décio Magri (PRP) José Carlos Balarotti (PR) e Yolláh Margareth da Silva (PDT) serão substituídos por Marino Martioli (PDT), Sérgio Daguano (PT), Luiz Carlos Lorenzão, Claudiner Ishida (PSDB), José Carlos Paixão (PTB), Mauricio Juliani (DEM), Osniri Pires (PSC), Marcos Cavalari (PHS) e Ademir da Silva (PHS).
A história recente da cidade mostra que a tendência de renovação vinha se acentuando ao longo das eleições. Dos nove eleitos em 1996, cinco voltaram à Câmara nas eleições de 2000. Dos nove eleitos em 2000, três retornaram em 2004. Em 2008, apenas um dos eleitos para a legislatura anterior retornou, culminando na renovação total registrada nas eleições de 2012.
Para o atual presidente da Câmara, Osmanir Cestari (PMDB), essa tendência indica a vontade do povo de sempre querer mais. Ele disse que não fica à vontade em falar em nome dos colegas, mas garante que a renovação não foi consequência do trabalho dos vereadores. “Todos trabalharam com dignidade e respeito, mas a renovação às vezes é boa, também vem para melhorar”, afirmou ao G1. Para ele, nem sempre a interpretação da população é a mesma dos vereadores sobre o trabalho executado na Câmara.
Para exemplificar, Osmanir apontou que processos parecidos de renovação foram comuns em outras cidades da região. “O povo sempre quer melhor. Você faz, acha que está bom, mas o povo quer sempre mais, é interessante. A gente sempre pode fazer algo mais, eu posso fazer mais, mas no momento, o que eu fiz não foi suficiente para contentar o povo”, analisou.
Osmanir, aliás, é o único “sobrevivente” da legislatura de 2005-2008 na Casa. Ele contou que foi um dos dois parlamentares que não tentaram concorrer novamente, para auxiliar na campanha do prefeito eleito Bega (PTB). “Foi uma decisão pessoal minha. Eu tinha possibilidade grande de reeleição, mas não fui por vontade própria, estava firme no propósito do prefeito”, justificou.
Fonte: Fernando Castro/G1
Foto: Divulgação/Prefeitura Municipal de Astorga
Pesquisa mostra que nas eleições foi melhor quem gastou mais
Pesquisa feita pelo site Congresso em Foco mostrou que nas eleições municipais teve melhor desempenho quem gastou mais. Em apenas seis das 26 capitais estaduais, o candidato a prefeito que declarou ter arrecadado mais saiu derrotado das urnas.
Os demais 20 campeões de arrecadação só tiveram motivos para comemorar: sete venceram a eleição e 13 avançaram ao segundo turno – seis deles na condição de mais votado. Ou seja, o índice de sucesso entre os maiores arrecadadores foi de 77%.
“A regra do financiamento de campanha é botar dinheiro em quem tem mais chance. Há uma tendência de o doador ser mais favorável a quem tem mais chances de se eleger”, explica o cientista político José Luciano Dias.
Os demais 20 campeões de arrecadação só tiveram motivos para comemorar: sete venceram a eleição e 13 avançaram ao segundo turno – seis deles na condição de mais votado. Ou seja, o índice de sucesso entre os maiores arrecadadores foi de 77%.
“A regra do financiamento de campanha é botar dinheiro em quem tem mais chance. Há uma tendência de o doador ser mais favorável a quem tem mais chances de se eleger”, explica o cientista político José Luciano Dias.
O resultado final em Umarizal / GIRO PELO ESTADO
Um leitor entrou em contato para que eu fizesse uma análise do que foi registrado na reta final da disputa pela Prefeitura de Umarizal. E como conheço com profundidade as particularidades da reta final do pleito, me sinto à vontade para tentar eliminar algumas dúvidas que pairam na cabeça do eleitor umarizalense. A principal contestação, após o anúncio do resultado final do pleito, se volta para um fator - o resultado das pesquisas eleitorais. Na sexta-feira que antecedeu ao pleito, circularam dados do Instituto Start, de uma pesquisa realizada de forma irregular, como foi abordado em coluna anterior. A pesquisa dava uma vantagem de cerca de 10% para o candidato governista Carlindson Onofre, o Mano. O resultado final mostrou uma grande distância desta previsão. No dia seguinte, o jornal O Mossoroense divulgou dados da pesquisa Consult, que apontava uma vantagem de 4% em prol da oposicionista Elijane Paiva. E aí surge a pergunta. A pesquisa estava errada? Respondo com toda a convicção do mundo - Não. A pesquisa não estava errada. E para tal, é preciso fazer algumas observações. A primeira é de que uma pesquisa exprime o cenário de um determinado momento, ou seja, o de cinco dias antes da eleição, dia em que os dados foram coletados. O que veio a ocorrer nos cinco dias após, é mera consequência do trabalho adotado pelas duas coligações. O segundo fator se volta para a margem de erro, da ordem de 4%, segundo o Instituto. Trocando em miúdos, a votação da candidata Elijane Paiva poderia oscilar de 42,5% a 50,5%. Já a votação de Mano poderia ir de 38,5% a 46,5%. Se levarmos em consideração que a distância limítrofe entre a menor possibilidade de votação de Elijane (42,5%) e da maior possibilidade de votação de Mano (46,5%) gera uma lacuna da ordem de 4%, e Mano obteve uma maioria final da ordem de 2,48%, não resta dúvida de que o resultado da eleição estava dentro da previsão estabelecida pela pesquisa. Mais uma vez reforço. Uma pesquisa eleitoral exprime o cenário de um determinado momento. O que veio a ocorrer nos cinco dias finais é algo completamente alheio ao resultado da Consult. Mesmo assim. O resultado final está de acordo com a previsão do Instituto. A Consult acertou.
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