A Presidente do PSB, Ex-governadora Wilma de Faria, se mostrou
perplexa com a possibilidade de aliança entre DEM e PMDB anunciada ontem
pelo Senador José Agripino Maia, presidente do DEM. Segundo ela, o que
está posto é uma "coisa inusitada", tendo em vista que o PMDB rompeu
recentemente com a administração Rosalba Ciarlini e, após romper, acena
com possível aliança com o partido da governadora.
"O que está sendo proposto é uma coisa inusitada, porque a
governadora, que está hoje no comando desse processo administrativo que a
população rejeita, é do DEM. E eu não entendo como é que ela é do DEM, o
PMDB a apoiou durante três anos no governo e agora de repente vai
manter um novo contato com o DEM? Eu não entendo como é que vai ser
isso. Nem entendo como é que vai ficar a posição do PMDB nem estou
entendendo como é que vai ficar a posição também do DEM, porque, afinal
de contas, como é que vai ficar a posição da única governadora do DEM no
país, que é a governadora Rosalba Ciarlini? Independente de ela estar
administrando bem ou não, ela tem um partido", analisou Wilma de Faria.
Wilma abordou a posição anunciada pelo PT potiguar após reunião com a
cúpula nacional do partido. Wilma repetiu que o PSB não adotará a
verticalização, o que garantirá liberdade de alianças. "Não vamos fechar
a porta, queremos conversar com todos. Hoje a
legislação não prevê verticalização. E o nosso partido já anunciou que
não vai verticalizar a posição que for tomada a nível central. É
evidente que nós temos uma orientação para aliarmos a partidos do campo
popular e progressista e nós estamos fazendo isso. Mas a gente está
aguardando e vamos continuar conversando", declarou, informando que irá
conversa com o PSD do Vice-governador, Robinson Faria, e também com o PV
do Deputado Federal, Paulo Davim.
Sobre a
possibilidade de aliança com o DEM, a ex-governadora afirmou
que o PSB potiguar não se furtará a conversar com os partidos de centro.
"A gente está sempre conversando com os partidos que estiveram sempre
conosco. Há pouco tempo os partidos progressistas que estiveram conosco
somando em várias eleições e estamos continuando a fazer esses contatos e
fazer esse diálogo entre esses partidos que eu já mencionei, agora não
significa que a gente vai fechar a porta para outros partidos de centro,
não. A gente vai continuar a conversar sem nenhuma discriminação".
Wilma frisou ainda que está cedo para conclusões, o que
deverá acontecer apenas a partir de março de 2014. "A gente tem que
conversar e debater, discutir de forma a ver aquilo que é melhor para a
população, dentro de um clima de paz, isso é fundamental, e focando
naquilo que é mais importante focar, que são os problemas das áreas de
saúde, educação, assistência social, os problemas da população. Nós
estamos pensando que até o final de março possa haver alguma coisa
conclusiva, até lá é inviável, é impossível. Mas a partir de março até
junho, aí muita coisa vai se tornando conclusiva".
Informações do Jornal de Hoje
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