O
empresário Ricardo Pessoa, dono da construtora UTC, revelou em
depoimentos prestados em Brasília como delator do esquema de pilhagem da
Petrobras que repassou R$ 20,5 milhões em propinas ao PT no intervalo
de dez anos —parte como doação oficial ao partido, parte em dinheiro
vivo. Os pagamentos começaram em 2004, sob Lula. E foram até 2014, sob
Dilma.
As revelações vieram à luz em notícia veiculada na noite desta
sexta-feira, no Jornal Nacional. Num dos depoimentos, ocorrido em maio,
Pessoa contou que João Vaccari Neto, o ex-tesoureiro do PT, chegava para
as conversas municiado de informações estratégicas. Tinha conhecimento
das obras da Petrobras e dos valores dos contratos obtidos pela UTC,
sobre os quais cobrava propinas.
Pessoa relatou também que Vaccari às vezes pedia dinheiro vivo, por
fora. Mas não soube explicar os motivos. O delator retratou o ex-gestor
das arcas petistas assim: “PT na testa, sindicalista, um soldado do
partido que queria manter o PT no poder
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