Quem garante que Wilma de Faria (PSD) não vai passar a
perna em Henrique Alves novamente?
Ela já fez isso no passado -
em 1992 quando elegeu o 'poste' Aldo Tinôco e em 2002 quando ela própria se
candidato ao governo depois de um longo período dando corda a Henrique.
Por conta deste e de outros
episódios, Wilma pegou a fama de política que não cumpre a palavra. Que
desmancha acordos. Basta ocorrer uma mudança de cenário, como ela costuma
dizer.
Quem garante que não haverá
uma mudança de cenário até junho, mês das convenções, para Wilma desdizer o que
diz hoje a Henrique?
O que está posto é o seguinte:
o PMDB vai apresentar a candidatura de Henrique Alves ao governo em aliança com
o PSB de Dona Wilma. Ela diz que vai disputar a vaga do Senado. O acordo
político deverá ser anunciado em meados de abril.
Só que Dona Wilma também é
nome forte para o governo. A dúvida quer surge hoje é a seguinte: caso Fátima
Bezerra endureça a disputa pelo Senado, Dona Wilma continua no páreo? Ela pode
optar por uma eleição mais tranquila ao governo, segundo atestam as pesquisas
de opinião?
Eis a dúvida que martela na
cabeça de dez entre dez peemedebistas. Há quem diga que Henrique Alves teme
nova traição política da Guerreira.
Será?
Há quem desconfie que Dona
Wilma, à luz das pesquisas de opinião, poderá optar pela disputa de governo
para não correr risco de perder para Fátima Bezerra na eleição do Senado.
Se isso ocorrer, Henrique
Eduardo Alves pode ficar pendurado no pincel mais uma vez e passar um vexame
eleitoral.
Mas o PMDB tem uma carta de
seguro que atende pelo nome de Garibaldi Alves Filho, ministro da Previdência.
Há quem defenda que Garibaldi
deva deixar o ministério no prazo de desincompatibilização, em 4 de abril, para
ficar de stand by numa eventualidade. Caso Wilma ameace ou
passe a perna em Henrique, Garibaldi Filho entra em campo para salvar o projeto
político do PMDB.
Garibaldi Filho não dá
qualquer sinal de que vai deixar o ministério até 4 de abril. Pelo contrário.
Dia 28 deste mês, ele embarcará em missão oficial do governo federal para
participar de eventos previdenciários em Portugal e Itália. O retorno dele está
previsto para 11 de abril.
Portanto, Garibaldi Filho
deverá permanecer no ministério e o PMDB vai perder sua carta de seguro. Henrique Alves terá de
conviver com a dúvida cruel até as convenções de junho. E torcer para que não
ocorra qualquer mudança de cenário no terreiro de Dona Wilma.
Perguntar não ofende: quem
garante que Dona Wilma não vai trair este ano?
Fonte: Nominuto
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