12 de jun. de 2013

'Em todo o país, prioridade teria que ser a educação', diz Alexandre Garcia

O jornalista diz ainda que com o valor gasto pelo governo com ônibus para levar os alunos às escolas distantes, poderia ter construído outras escolas.


Dois mil professores devem ter o salário reduzido em até R$ 600. A medida provocou reações.
A prioridade é o desestímulo à educação. Vamos ser realistas: quanto vale um bom professor, que prepara o futuro, que ensina quem vai ser político, médico, engenheiro, padeiro, vidraceiro, comerciante, industrial? Quanto vale, comparando com um vereador ou deputado? Vale mais quem faz a lei ou quem faz o futuro?
O que liberta, o que transforma o servo em cidadão, senão o conhecimento, o saber? O bom professor ensina a raciocinar. Será esse o perigo? Raciocinar? Porque é o que se deve fazer na hora do voto, por exemplo, ou na hora de pagar impostos, na hora de olhar para os representantes nos legislativos, nos palácios de governo, na rotina de os mandantes fiscalizarem os mandatários.
Começa em casa e na escola. E como estão as escolas? Como templos do futuro, como os prédios mais acolhedores do país, como na China? Escolas precárias, educação precária. E não é só no norte e nordeste. Na capital do país, uma escola foi erguida sobre um lixão. Está interditada há um ano porque do chão sai gás metano.
Como o que o governo gastou de ônibus para levar os alunos para escolas distantes, já poderia ter construído outras escolas. Em Juazeiro do Norte e em todo o país a prioridade teria que ser educação, ou perder o futuro.


FONTE:G1.COM

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