Segundo levantamento da Folha de Sao Paulo, Brasília concentrou os
atos contra e a favor do governo mais intensos no 7 de Setembro. E ao
menos outras oito capitais tiveram atos anti-PT. Os destaques foram
novamente os bonecos infláveis representando o ex-presidente Lula.
Na capital federal, a PM contou 25 mil pessoas. O episódio mais tenso
foi logo após as festividades. Ativistas derrubaram placas de metal que
bloqueavam o acesso ao Eixo Monumental, onde estava o palanque das
autoridades. Petistas trocaram xingamentos com agitadores antigoverno.
Para evitar confronto, a PM ocupou a pista.
Antes do evento, membros do MRP (Movimento de Resistência Popular)
atearam fogo a pneus, fechando o Eixo Monumental, a 1,5 quilômetro do
palanque. Bombeiros agiram, e ninguém se feriu. O ato era contra a
presidente e o governador do Distrito Federal, Rodrigo Rollemberg (PSB).
Eles pediam mais moradias.
O ato de protesto mais esperado, porém, não vingou. Apelidado de
Pixuleko, o boneco inflável de Lula, 15 metros de altura, não resistiu
ao vento e rasgou. Uma remodelagem rápida não funcionou. Um grupo
aproveitou para apresentar o boneco de Dilma, com 13 metros. Vestida de
vermelho e com o nariz grande, foi inspirado no Pinóquio. Os donos farão
uma votação para escolher o nome. “Há algumas sugestões: Dilmintira,
Pinóquia, Rivodilma”, disse Ricardo Honorato, do Movimento Brasil.
PIXULEKOS
O Pixuleko ganhou miniaturas, de cerca de 30 centímetros, cada uma
vendida por R$ 10. Às 10h, o estoque de 600 unidades estava esgotado.
Outras capitais também tiveram réplicas de Pixulekos: em Fortaleza,
teve um de seis metros; em Natal, foi produzido um totem inflável com a
figura do Lula na frente e a da Dilma atrás; em São Paulo também teve
miniaturas. Em Teresina e Natal, foram distribuídos desenhos do Pixuleko
pra colorir.
Em São Paulo, as arquibancadas do desfile ganharam cartazes contra a
corrupção, a favor da intervenção militar, pelo “fora PT”, além de
cobranças ao governo Geraldo Alckmin (PSDB) sobre a chacina de Osasco e
Barueri, em agosto, com 19 mortos.
Houve atos contra o governo Dilma ainda em Curitiba, Belo Horizonte, Campo Grande e Porto Alegre.
GRITO DOS EXCLUÍDOS
Já o tradicional ato Grito dos Excluídos foi registrado em capitais
como São Paulo, Recife e Belo Horizonte. Na capital paulista, a
coordenação diz que 10 mil pessoas participaram –a PM não calculou.
Esses atos se apresentaram contra o ajuste fiscal do governo; alguns protestaram contra a hipótese de impeachment de Dilma.
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