O ex-prefeito de Macau, Flávio Veras, que estava preso desde o dia 23 de março, foi solto na manhã desta terça-feira (5). A decisão pela liberdade do ex-prefeito foi da Câmara Criminal do Tribunal de Justiça do Rio Grande do Norte. A prisão foi pedida pela defesa de Flávio Veras foi feita com base nas investigações da operação Máscara Negra, do Ministério Público Estadual, que apurou desvio de recursos públicos em contratações fraudulentas de artistas. A decisão, que não se deu por unanimidade, concedeu o pedido para que o ex-chefe do Executivo respondesse ao processo em liberdade, mediante a imposição de medidas cautelares diversas da prisão, previstas no artigo 319 do Código de Processo Penal, incisos de I a V, dentre as quais estão a proibição para se ausentar da comarca e a reclusão domiciliar. A desembargadora Maria Zeneide Bezerra votou pela manutenção da prisão, mas teve o voto vencido pelos desembargadores Gilson Barbosa e Glauber Rêgo, o qual destacou que as interceptações telefônicas já contavam com um prazo de mais dois anos, cuja jurisprudência recente do Supremo Tribunal Federal (STF) considera como prova ultrapassada. “Estamos julgando, neste momento, uma prisão processual. O processo ainda será julgado”, explicou o desembargador Glauber Rêgo durante o julgamento.
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