O desequilíbrio financeiro que atingiu prefeituras de todos os portes em 2015 e, no fim do ano, ganhou contornos dramáticos com prefeitos tendo que parcelar salários e atrasar pagamentos a fornecedores não deu trégua com a chegada de 2016. Como especialistas em contas públicas alertavam meses atrás, o ano eleitoral será com cofres minguados e o contribuinte sendo chamado mais uma vez a socorrer as finanças públicas em tempos de incertezas.
Na terça-feira, o prefeito de São Paulo, Fernando Haddad (PT), cobrou do governo federal o ressarcimento de R$ 400 milhões adiantados pela prefeitura em obras do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). Em reunião no Palácio do Planalto com o ministro da Casa Civil, Jaques Wagner, Haddad, pré-candidato à reeleição, também pediu uma solução para o programa Minha Casa Minha Vida. Segundo o prefeito, o município gastou R$ 700 milhões com a desapropriação de terrenos para abrigar imóveis do programa habitacional. O governo federal mudou as regras, e o programa será financiado pelo FGTS, não mais pelo Orçamento Geral da União. “Este é o ano dos prefeitos. Ele (Wagner) falou que vai responder com a maior brevidade possível”, disse Haddad.
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