Foto: Josemário Alves
26 Jun
Josemário Alves
A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Câmara Municipal de Apodi, que investiga a falta de comunicação do poder executivo, quer o afastamento imediato do prefeito, Flaviano Monteiro (PC do B). É o que informa o relatório final apresentado pelos vereadores na quinta-feira, 25 de junho.
Segundo relator da Comissão, vereador Ângelo Suassuna, o chefe do executivo municipal foi investigado durante 40 dias, e está sendo acusado de crime político-administrativo por não responder à cerca de nove documentos oficiais do legislativo, pedindo informações sobre prestação de contas da prefeitura.
“Isto vem acontecendo desde o ano passado. Só em maio, depois que um cidadão apodiense, interessado na prestação de contas do executivo, denunciou a falta de transparência à Câmara, foi que decidimos criar a CPI”, relatou.
De acordo com a Comissão, durante as investigações, o prefeito alegou que existe uma demanda muito grande para responder pedidos de informações, tanto da Câmara quanto de outros órgãos, e que a mão de obra é pouca.
“O executivo disse ainda que enviou pedidos de prorrogação de prazos para responder. Mas, a prefeitura tem 20 dias úteis para responder. Será que esse prazo não é suficiente?”, indaga o vereador Ângelo.
Por telefone, o MOSSORÓ HOJE tentou contato com a secretária de Gabinete da prefeitura, Klébia Karina, mas não obteve resposta.
O pedido de cassação do prefeito deverá ser votado, pelos demais vereadores, em sessão ordinária a ser realizada no mês de agosto, devido ao recesso da Câmara.
Ao MOSSORÓ HOJE, o relator da CPI declarou a grande possibilidade de afastamento de Flaviano Monteiro, do cargo de prefeito de Apodi.
“Para ser afastado, é preciso nove votos favoráveis ao parecer. Hoje, temos exatos nove vereadores na bancada de oposição. As chances de cassação do prefeito de Apodi são altas”, declara Ângelo Suassuna.
Se aprovado, o comando do executivo municipal será assumido pelo vice-prefeito, Zé Maria (PSD).
Recentemente, o Ministério Público Estadual, Ministério Público Federal, Controladoria Geral da União e Tribunal de Contas da União apontaram que 55 municípios do estado possuem Portais da Transparência desatualizados, entre eles está Apodi.
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