9 de jun. de 2014

SAIBAM O QUE DIZ A REVISTA VEJA SOBRE HENRIQUE EDUARDO ALVES

“Henrique é ditador, dá chilique e engaveta votação para não contrariar Dilma”, diz a Revista Veja


Revista ainda afirma que o presidente da Câmara dos Deputados só pensa em campanha

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Ciro Marques
Repórter de Política
Desde que assumiu a presidência da Câmara Federal, no início de 2013, o deputado potiguar Henrique Eduardo Alves, do PMDB, sempre disse que a prioridade dele seria o Rio Grande do Norte. E, realmente, está sendo, sobretudo, quando se aproxima a Eleições 2014, quando o parlamentar disputará o governo do Estado. O problema é que o parlamentar poderia não só está “exagerando” nessa priorização, como também conduzindo os trabalhos no Congresso com uma postura ditatorial e com o mero objetivo eleitoreiro.
Quem aponta essa conduta é o jornalista Reinaldo Azevedo, da Veja. Em texto publicado no site da revista, ele afirma que o “presidente da Câmara e candidato ao governo do Rio Grande do Norte, decidiu que não vai colocar em votação, em regime de urgência, proposta de decreto legislativo que susta o famigerado decreto 8.243, da presidente Dilma Rousseff, aquele que atrela a administração pública federal ao PT por intermédio de conselhos populares formados pelos ditos ‘movimentos sociais’, que são controlados pelo partido. É que o digníssimo deputado está mais preocupado com a sua candidatura ao governo do Rio Grande do Norte do que com o país”.
Segundo a publicação, Henrique teria “engavetado” a votação porque não queria ficar mal com a presidente da República, Dilma Rousseff, do PT, que visitará Natal nos próximos dias para conhecer o novo aeroporto de São Gonçalo do Amarante e, na oportunidade, deverá elogiar o trabalho do presidente da Câmara, o que renderá a ele alguns votos – mesmo o PT estando, no RN, na oposição a chapa encabeçada por Henrique.
“Na próxima segunda, Dilma visita seu Estado. Vai fazer proselitismo no aeroporto São Gonçalo do Amarante. É aquele que foi inaugurado sem a regulamentação da alfândega, o que o impede de operar vôos internacionais”, citou o texto da Veja, relembrando o fato do Ministério Público Federal ter recomendado que os vôos internacionais continuem a ser feitos no Augusto Severo, pela falta de conclusão do terminal do novo equipamento.
Contudo, essa não é a única crítica feita a Henrique na publicação do texto. O presidente da Câmara também foi tratado como ditador, por mostrar uma postura autoritária, como se a votação de projetos dependesse da vontade dele. “Indagado sobre o motivo de não dar ao decreto legislativo tratamento de urgência, ele resolveu ter um chilique e se comportar como o ditador da Câmara, segundo informa a VEJA.com: ‘Não, [o decreto legislativo] não está pautado. Não vou pautar agora’. E ele disse o motivo ‘Porque eu não quero’”, citou o parlamentar.
“Dez partidos entraram com o pedido de urgência para votar o decreto: DEM, PPS, PSDB, Solidariedade, PR, PV, PSD, PSB, Pros e PRB. Juntos, somam 238 deputados. Para que um decreto legislativo seja aprovado, são necessários 257 votos – metade mais um dos 513 deputados”, acrescentou Reinaldo Azevedo.
O texto lembrou ainda que Dilma decidiu criar a sociedade civil por decreto, “o que é um delírio típico de ditadores”. “Caso o conteúdo do texto prospere, os petistas passarão, digamos assim, a ser sócios do poder sem precisar nem mesmo vencer as eleições”, analisou o jornalista.
“Com efeito, a Constituição permite mecanismos de consulta direta à população e estabelece três formas: plebiscitos, referendos e emendas de iniciativa popular. Não há nada no texto constitucional que determine que o país será governado em parceria com conselhos populares. A representação, segundo a Carta, se dá por intermédio do Parlamento. Em entrevista ao programa ‘Os Pingos nos Is’, nesta quarta, Rubens Bueno, líder do PPS, afirmou que, se Alves não puser em votação a proposta de Decreto Legislativo, os que se opõem à absurda iniciativa de Dilma passarão a obstruir a pauta da Câmara”, finalizou o parlamentar.
As ‘conquistas’ de Henrique só dos últimos dois dias
O Rio Grande do Norte, realmente, é prioridade na agenda de trabalhos do presidente da Câmara Federal, Henrique Eduardo Alves. Tanto que, só os últimos dois dias, o parlamentar já mandou mais de 15 (até o fechamento desta edição) releases (textos enviados a imprensa como sugestão de matéria) com os feitos ou os comentários dele.
Na relação de sugestões, matérias que, segundo a assessoria do parlamentar, benefícios que tiveram a influência direta dele para serem concretizadas, como o apelo de Henrique ao Ministério da Educação sobre a questão da UERN (que também foi feito pela governadora Rosalba Ciarlini); a nomeação do desembargador federal Luiz Alberto Gurgel para o cargo de ministro do Superior Tribunal de Justiça (STJ); e a votação do Plano Nacional de Educação (PNE), que tiveram entre os parlamentares potiguares Fátima Bezerra (PT) e Rogério Marinho (PSDB) os principais entusiastas.
Fonte: Jornal de Hoje

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