5 de fev. de 2014

Modernos equipamentos escolares estão encaixotados no Rio Grande do Norte


São mais de 1.700 tablets guardados num galpão. No entanto, um projetor que deve ser usado junto não foi entregue. A empresa que venceu a licitação quer mais dinheiro por causa da alta do dólar.

FOTO: ILUSTRATIVA


O Rio Grande do Norte voltou a ser notícia nacional. Desta vez o foco é o fato de que há quase 2 mil tablets guardados na Secretaria Estadual de Educação. O material seria usado na rede pública de ensino.
A reportagem foi veiculada no Bom Dia Brasil.
Veja o texto da matéria:
No Rio Grande do Norte, equipamentos modernos, que deveriam ser usados nas escolas públicas, estão encaixotados. A empresa que venceu a licitação quer mais dinheiro por causa da alta do dólar.
São 1.774 tablets que estão guardados em um galpão. Custaram R$ 820 mil.
Mas o projetor, chamado de lousa, que deve ser usado com o tablet, só existe na foto da empresa vencedora do pregão eletrônico.
Em uma das 292 escolas estaduais do Rio Grande do Norte que deveriam ter recebido o kit composto por tablet e lousa interativa, a expectativa virou frustração.
“Até o presente momento não recebemos nenhuma lousa. Estamos esperando, né?”, diz a diretora da escola, Soraia Silva.
O dinheiro para a compra das lousas existe: R$ 3,237 milhões, o que daria R$ 1.825 por projetor.
A Secretaria de Educação do Rio Grande do Norte justifica a interrupção do negócio. “Não foi possível a empresa entregar esses equipamentos pelo valor previsto, em razão da alta do dólar”, diz a coordenadora de Planejamento da Secretaria de Educação do RN, Elizabete Barbosa.
A empresa que deveria entregar os equipamentos quer um acréscimo de 16% no valor aprovado, aumentando o custo de cada lousa em quase R$ 300: R$ 2.100 por lousa.
O Ministério da Educação proibiu os estados de completar a verba, impasse que levou o Ministério Público a abrir um procedimento para verificar a inutilização dos tablets.
“Como todo equipamento eletrônico, o fato de ter sido adquirido e estar acondicionado em um depósito, ele, por si, já cria dúvidas, risco de inutilização mecânica”, avalia a promotora Carla Campos.
O Ministério da Educação disse que a decisão de aguardar o recebimento de computadores interativos antes de distribuir os tablets foi da Secretaria Estadual de Educação.

GLOBO.COM  / BOM DIA BRASIL

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