O
doleiro Alberto Youssef – peça central da Operação Lava Jato – afirmou
em sua delação premiada que o esquema de arrecadação de propina do PP
via José Janene (PP-PR) – morto em 2010 – atuou também no Ministério da
Saúde e na Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), chegando a
render comissionamentos sobre uma transação envolvendo o medicamento
Viagra.
“O PP possuía cargos importantes no
Ministério da Saúde e na Anvisa, tendo recebido comissionamentos junto a
laboratórios”, disse Youssef, em depoimento no dia 21 de outubro de
2014, dentro de seu acordo de delação premiada – agora sem sigilo. Ele
atribui a informação a Janene – o ex-líder do PP, que foi pego no
mensalão do PT e desencadeou a origem da Operação Lava Jato.
Aos investigadores, Youssef disse lembrar
que o laboratório Pfizer era um dos envolvidos, “sendo a operação
ligada ao medicamento Viagra” – lançado no fim da década de 90. Composto
de citrato de sildenafila, o Viagra é usado no tratamento da disfunção
eréctil no homem. O fármaco também é usado como medicamento para
hipertensão pulmonar – nesse caso, a Lava Jato já investigava a atuação,
em 2014 do doleiro, no Ministério, via laboratório Labogen.
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