Após dez horas de greve, os policiais decidiram, durante assembleia realizada em frente à Governadoria, voltar ao trabalho a partir do turno das 19h. Os presidentes das associações tiveram trabalho para convencer a tropa que o melhor caminho seria suspender a paralisação e, assim, dar continuidade às negociações junto ao Governo do Estado. Os policiais aguardam o envio da Lei de Promoção de Praças à Assembleia Legislativa até o dia 1º de maio. Outros pontos da pauta de reivindicações serão discutidos no dia 5.
O presidente da AL, deputado Ricardo Motta, afirmou que aguarda o envio da lei de promoção dos praças e estatuto do Itep para dar encaminhamento às pautas. “Estamos aguardando que cheguem para que possamos apreciá-las no mais breve espaço de tempo. Foi assim com as mensagens relacionadas à saúde e à educação aprovadas este ano pelos deputados estaduais”, disse.
O Governo assumiu compromisso com relação aos onze pontos de reivindicação [veja box]. Ainda durante a reunião com a cúpula da segurança, ficou acordado que os policiais que participaram do movimento de ontem não receberão nenhum tipo de punição.
Apesar dos “avanços”, como avaliaram alguns, nem todos os PMs e bombeiros que participaram da assembleia foram a favor do encerramento da greve. Quando a maioria decidiu suspender o movimento, alguns policiais vaiaram a decisão. A categoria espera agora que o Governo cumpra com o que prometeu. “Esse é um dia vitorioso. Temos o compromisso assinado pelo secretário de Segurança. Vamos aguardar e, caso não seja cumprido, voltaremos dia 7. Hoje [ontem], mostramos que temos força para fazer qualquer movimento”, disse o soldado Roberto Campos, presidente da Associação dos Cabos e Soldados da PM/RN.
Quartéis parados
Durante o primeiro turno de expediente dentro da paralisação anunciada pela Polícia Militar nessa terça-feira (22), a reportagem percorreu 14 bairros das quatro zonas da cidade e constatou que, nas onze unidades policiais visitadas, entre elas postos, batalhões, companhias e o Complexo Penal João Chaves, apenas duas não foram afetadas pela suspensão das atividades: o posto da polícia de bairro no conjunto Gramoré e o Batalhão de Operações Policiais Especiais (Bope).
Durante o percurso, a reportagem viu apenas duas viaturas nas ruas, uma na avenida Doutor João Medeiros Filho e outra na avenida Moema Tinoco da Cunha Lima. As associações calcularam que 90% da corporação parou - o cenário não foi homogêneo no primeiro dia. Enquanto alguns batalhões não colocaram nenhuma viatura para fazer o policiamento ostensivo, como o caso do 1º Batalhão, nas Rocas, outros funcionaram normalmente, sem qualquer alteração, como foi o caso do Batalhão de Operações Policiais Especiais (Bope).
Em alguns batalhões, a adesão não foi massiva, como nos 9º e 4º BPM’s, ambos cobrindo as zonas Oeste e Norte. Nos sete bairros da zona Norte, com cerca de 313,1 mil moradores, e nos dez bairros da zona Oeste, com 221,2 mil pessoas, duas viaturas e seis policiais circularam durante quase todo o dia. Sobre a paralisação, a população tem pontos de vista que variam entre o apoio aos direitos dos policiais militares e às críticas sobe a situação da segurança pública. Muitos reconhecem que policiais devem exigir boas condições de trabalho, mas contra-argumentam com a necessidade de garantir a segurança dos cidadãos.
Cenário da greve
1º Batalhão da PM (Rocas), zona Leste: nenhuma das oito viaturas fez a ronda policial entre a noite de segunda e a manhã de ontem. Policiais que aderiram ao movimento ou ficaram no batalhão sem exercer as atividades ou foram ao Centro Administrativo.
Presídio Professor Raimundo Nonato Fernandes (Potengi), zona Norte: Dez policiais militares, que iriam assumir o expediente na manhã de ontem aderiram à greve. Os seis PMs que iam deixar o plantão de 24 horas tiveram que estender o horário para evitar que a unidade, com 395 internos, ficasse sem policiamento. Apenas duas guaritas funcionaram devido ao efetivo reduzido. Para compensar as ausências, foram remanejados um policial de cada um dos dois Centros Integrados de Atendimento ao Adolescente (Ciads) e dos dois Centros de Educação (Ceducs), além de dois transferidos do Complexo Penal João Chaves, onde três PMs e cinco agentes tomavam conta de 190 detentos do regime semiaberto.
4º Batalhão da PM – Potengi, zona Norte: a adesão levou ao fechamento de quatro dos nove postos policiais do bairro (em Jardim Progresso, Santa Catarina, Alvorada e Parque das Dunas), além de ter colocado na rua apenas duas das seis viaturas. Outros três veículos, pertencentes à Força Tática e que também fariam trabalho ostensivo, ficaram parados na manhã de ontem.
9º Batalhão da PM – Cidade da Esperança, zona Oeste:
Outra unidade que estava com serviços irregulares na manhã dessa terça-feira devido à paralisação. Das usuais nove viaturas, apenas duas fizeram o policiamento ostensivo nos dez bairros da zona Oeste. Segundo o comandante, tenente coronel Spínola, as cinco bases comunitárias e dois postos policiais da área – em Jardim América e no Planalto – permaneceram fechados ontem pela manhã.
Batalhão de Operações Policiais Especiais (Bope) – Panatis, zona Norte: Nenhum dos oficiais de serviço aderiram à paralisação e os que estavam de folga não foram impedidos de participar da paralisação e do acampamento no Centro Administrativo.
Batalhão do Comando de Policiamento Rodoviário Estadual (CPRE) – Cidade da Esperança, zona Oeste
Segundo o coronel Freitas, comandante do CPRE, 50% da tropa aderiu à paralisação e 100% das motos do Esquadrão Águia pararam. Para a Grande Natal, quatro viaturas atenderam todas as demandas e mais uma que atendeu aos postos da Via Costeira e da Rota do Sol, em Pium. O efetivo normal tem 25 motos e seis viaturas, uma para cada posto fixo.
Batalhão de Policiamento de Choque (BPChoque) – Lagoa Nova, zona Sul
O número de faltosos por aderir à paralisação foi de sete dos trinta oficiais de serviço no dia de ontem, de acordo com o comando do batalhão. Geralmente, são seis viaturas circulando. Ontem de manhã havia apenas quatro.
O presidente da AL, deputado Ricardo Motta, afirmou que aguarda o envio da lei de promoção dos praças e estatuto do Itep para dar encaminhamento às pautas. “Estamos aguardando que cheguem para que possamos apreciá-las no mais breve espaço de tempo. Foi assim com as mensagens relacionadas à saúde e à educação aprovadas este ano pelos deputados estaduais”, disse.
O Governo assumiu compromisso com relação aos onze pontos de reivindicação [veja box]. Ainda durante a reunião com a cúpula da segurança, ficou acordado que os policiais que participaram do movimento de ontem não receberão nenhum tipo de punição.
Apesar dos “avanços”, como avaliaram alguns, nem todos os PMs e bombeiros que participaram da assembleia foram a favor do encerramento da greve. Quando a maioria decidiu suspender o movimento, alguns policiais vaiaram a decisão. A categoria espera agora que o Governo cumpra com o que prometeu. “Esse é um dia vitorioso. Temos o compromisso assinado pelo secretário de Segurança. Vamos aguardar e, caso não seja cumprido, voltaremos dia 7. Hoje [ontem], mostramos que temos força para fazer qualquer movimento”, disse o soldado Roberto Campos, presidente da Associação dos Cabos e Soldados da PM/RN.
Quartéis parados
Durante o primeiro turno de expediente dentro da paralisação anunciada pela Polícia Militar nessa terça-feira (22), a reportagem percorreu 14 bairros das quatro zonas da cidade e constatou que, nas onze unidades policiais visitadas, entre elas postos, batalhões, companhias e o Complexo Penal João Chaves, apenas duas não foram afetadas pela suspensão das atividades: o posto da polícia de bairro no conjunto Gramoré e o Batalhão de Operações Policiais Especiais (Bope).
Durante o percurso, a reportagem viu apenas duas viaturas nas ruas, uma na avenida Doutor João Medeiros Filho e outra na avenida Moema Tinoco da Cunha Lima. As associações calcularam que 90% da corporação parou - o cenário não foi homogêneo no primeiro dia. Enquanto alguns batalhões não colocaram nenhuma viatura para fazer o policiamento ostensivo, como o caso do 1º Batalhão, nas Rocas, outros funcionaram normalmente, sem qualquer alteração, como foi o caso do Batalhão de Operações Policiais Especiais (Bope).
Em alguns batalhões, a adesão não foi massiva, como nos 9º e 4º BPM’s, ambos cobrindo as zonas Oeste e Norte. Nos sete bairros da zona Norte, com cerca de 313,1 mil moradores, e nos dez bairros da zona Oeste, com 221,2 mil pessoas, duas viaturas e seis policiais circularam durante quase todo o dia. Sobre a paralisação, a população tem pontos de vista que variam entre o apoio aos direitos dos policiais militares e às críticas sobe a situação da segurança pública. Muitos reconhecem que policiais devem exigir boas condições de trabalho, mas contra-argumentam com a necessidade de garantir a segurança dos cidadãos.
Cenário da greve
1º Batalhão da PM (Rocas), zona Leste: nenhuma das oito viaturas fez a ronda policial entre a noite de segunda e a manhã de ontem. Policiais que aderiram ao movimento ou ficaram no batalhão sem exercer as atividades ou foram ao Centro Administrativo.
Presídio Professor Raimundo Nonato Fernandes (Potengi), zona Norte: Dez policiais militares, que iriam assumir o expediente na manhã de ontem aderiram à greve. Os seis PMs que iam deixar o plantão de 24 horas tiveram que estender o horário para evitar que a unidade, com 395 internos, ficasse sem policiamento. Apenas duas guaritas funcionaram devido ao efetivo reduzido. Para compensar as ausências, foram remanejados um policial de cada um dos dois Centros Integrados de Atendimento ao Adolescente (Ciads) e dos dois Centros de Educação (Ceducs), além de dois transferidos do Complexo Penal João Chaves, onde três PMs e cinco agentes tomavam conta de 190 detentos do regime semiaberto.
4º Batalhão da PM – Potengi, zona Norte: a adesão levou ao fechamento de quatro dos nove postos policiais do bairro (em Jardim Progresso, Santa Catarina, Alvorada e Parque das Dunas), além de ter colocado na rua apenas duas das seis viaturas. Outros três veículos, pertencentes à Força Tática e que também fariam trabalho ostensivo, ficaram parados na manhã de ontem.
9º Batalhão da PM – Cidade da Esperança, zona Oeste:
Outra unidade que estava com serviços irregulares na manhã dessa terça-feira devido à paralisação. Das usuais nove viaturas, apenas duas fizeram o policiamento ostensivo nos dez bairros da zona Oeste. Segundo o comandante, tenente coronel Spínola, as cinco bases comunitárias e dois postos policiais da área – em Jardim América e no Planalto – permaneceram fechados ontem pela manhã.
Batalhão de Operações Policiais Especiais (Bope) – Panatis, zona Norte: Nenhum dos oficiais de serviço aderiram à paralisação e os que estavam de folga não foram impedidos de participar da paralisação e do acampamento no Centro Administrativo.
Batalhão do Comando de Policiamento Rodoviário Estadual (CPRE) – Cidade da Esperança, zona Oeste
Segundo o coronel Freitas, comandante do CPRE, 50% da tropa aderiu à paralisação e 100% das motos do Esquadrão Águia pararam. Para a Grande Natal, quatro viaturas atenderam todas as demandas e mais uma que atendeu aos postos da Via Costeira e da Rota do Sol, em Pium. O efetivo normal tem 25 motos e seis viaturas, uma para cada posto fixo.
Batalhão de Policiamento de Choque (BPChoque) – Lagoa Nova, zona Sul
O número de faltosos por aderir à paralisação foi de sete dos trinta oficiais de serviço no dia de ontem, de acordo com o comando do batalhão. Geralmente, são seis viaturas circulando. Ontem de manhã havia apenas quatro.
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