Do Globo
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Em meio a disputas pelo poder da
investigação criminal, o Ministério da Justiça e a Câmara dos Deputados
decidiram ontem criar um grupo para tentar formular um texto que atenda tanto
aos interesses de policiais como de procuradores e promotores.
O ministro da Justiça,
José Eduardo Cardozo, criticou a briga de
policiais civis e federais com integrantes do Ministério Público em torno da
Proposta de Emenda Constitucional (PEC) que restringe os poderes de investigação
do MP. Segundo o ministro, ocorre hoje uma disputa corporativa que não é boa
para o Brasil.
Cardozo se reuniu ontem com o presidente da
Câmara, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN),
parlamentares, procuradores e representantes das polícias Civil e Federal. Ficou
acertada a criação de um grupo de trabalho que apresentará, até 30 de maio, uma
proposta com o objetivo de aperfeiçoar a PEC, que é defendida pelas polícias,
mas criticada pelo Ministério Público. Alves pretende pautar a proposta para
votação no plenário da Casa em junho.
O grupo de trabalho vai debater três
pontos: a repartição das competências na investigação criminal entre polícias e
Ministério Público; o regramento do procedimento investigatório na área criminal
e cível; e o papel do Ministério Público frente às polícias. Questionado se
sairá uma nova proposta do grupo de trabalho, Cardozo foi cauteloso. O ministro
também não quis dar a opinião dele sobre qual deve ser a participação do
Ministério Público nas investigações criminais.
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