12 de dez. de 2025

Walter com Allyson e contra Lula em 2026 pode repetir opção de Garibaldi por Rosalba em 2010

 

 Palanque de 2010: Rosalba ao Governo, Robinson vice, Gari e Agripino Senadores

Quem acompanha política e seus bastidores há mais tempo,  sabe que as fórmulas e alianças se repetem a depender de conveniências e circunstâncias próprias de cada conjuntura eleitoral.

O ano de 2025 termina com uma das maiores indefinições no quadro político do Rio Grande do Norte, pois que o Estado pode ficar sem gestor na linha da sucessão natural.

Isso porque a legislação  impõe que os candidatos do pleito a cargos distintos do atual têm que renunciar.  Sendo assim, ficam excluídos a governadora Fátima Bezerra , pré-candidata ao Senado, o vice-governador Walter Alves, que tem dado indícios não querer descascar o abacaxi de desequilíbrio fiscal e financeiro do do RN e o presidente da Assembleia, Ezequiel Ferreira de Souza, candidato à reeleição.

Ou seja, o RN pode ter uma eleição antes da eleição real oficial.

Paralelamente o movimento de bastidores começa a apontar rompimento político do vice-governador Walter Alves (MDB) com a Governadora Fátima Bezerra (PT) e apoiar a candidatura do prefeito de Mossoró, Allyson Bezerra (União Brasil).

PRECEDENTE DE GARI EM 2010

Iberê Ferreira de Souza era o candidato ao Governador com apoio do presidente Lula

Há quem aponte o movimento como muito radical e inusitado para os padrões de quem se diz hoje de … Centro.

Há quem veja o compromisso com o presidente Lula como grande entrave à guinada política local.

Na verdade, a história se repete, inclusive no mesmo MDB e na mesma família Alves.

Em 2010, a então senadora e ex-prefeita de Mossoró Rosalba Ciarlini era favorita em todas as pesquisas de opinião (assim como Allyson hoje) . Era oposição ao Governo Wilma/ Iberê , assim como ao presidente Lula.

O MDB presidido pelo então deputado Henrique Eduardo Alves tinha 56 prefeitos e a maioria deles queria o apoio à candidata do DEM, Rosalba Ciarlini.

Oficialmente, o MDB seguiu com Lula e Iberê, mas Garibaldi abriu dissidência, levou a maioria dos prefeitos com ele  e teve mais de um milhão de votos ao lado do também eleito e fiador da candidatura da Rosa, José Agripino Maia.

Henrique ficou com o PSB de Iberê/Wilma  até o fim.

Rosalba foi eleita em primeiro turno com 52,46% dos votos e Iberê Ferreira de Souza (PSB) ficou em segundo lugar com 36,24% dos votos válidos. Naquela disputa Carlos Eduardo Alves também  foi candidato ao Governo,  com Álvaro Dias vice, e tiveram pouco mais de 10% das intenções de voto.

Gari ouviu as bases e saiu vitorioso, sem se prender as amarras partidárias. Saiu vencedor absoluto do pleito. “Rompeu” com um  Lula vitaminado e super aprovado, tanto que conseguiu eleger Dilma Rousseff presidente. Chamada de poste pela oposição.

A relação de Gari e Lula seguiu intacta a ponto de ser nomeado ministro da Previdência da presidente Dilma.

O pai de Walter sabe e confirmou com a própria história que mais vale o peso próprio na política local do que gestos de coerência partidária. Isso passa e é esquecido de acordo com necessidades e conveniências de cada disputa.

Nenhum comentário:

Postar um comentário