Na sessão solene de posse do governador Robinson Faria (PSD) e do vice
Fábio Dantas (PC do B), o novo gestor do RN pelos próximos quatro anos
iniciou seu pronunciamento se reportando às dificuldades enfrentadas na
campanha, a qual se referiu como a primeira na história do Estado a “ter
um candidato a governador tão abastecido de solidão”.
Robinson Faria disse que dos líderes consolidados recebeu o conselho
para desistir e, de alguns aliados, a observação deselegante de que a
melhor decisão seria a fuga. Ou a composição com a chapa adversária. O
novo governador fez um discurso bastante emocionado: “Neste momento
minha vida se confunde com a força de todas as minhas emoções”, afirmou.
O governador lembrou do seu falecido pai, Osmundo Faria e agradeceu o
empenho de sua família na disputa passada, fazendo uma menção especial
ao filho, deputado federal Fábio Faria.
Ao conduzir a solenidade de posse, o presidente da ALRN, deputado
Ricardo Motta (PROS), disse que o momento era de olhar para a frente,
quando o RN escreve um capítulo especial da sua história. “Temos
oportunidade de fazer do diálogo um instrumento de navegação e sensatez
da classe política. O governador e o vice são oriundos do Poder
Legislativo e homens públicos amadurecidos, conscientes de que a missão
de administrar é um ato de compartilhar responsabilidades. A Assembleia
está pronta para apoiar o esforço de melhoria das atividades essenciais
ao crescimento econômico com justiça social. Desejo boa sorte a Robinson
e sua equipe e que estejam inspirados, pois no que depender da nossa
Casa, nosso RN será mais justo, fraterno e feliz”, disse o presidente.
Antes de iniciar sua fala sobre os projetos à frente do governo,
Robinson Faria disse que sua motivação era ser o melhor governador da
história do Estado: “Não há nessa afirmativa qualquer presunção ou
vaidade pessoal, mas é essa vontade que me obriga a colocar-me a serviço
do povo, objeto mais que principal e único, do qual invisto-me na
condição de servo”.
Projetos
Com relação à gestão, o governador disse que na Educação, entre outras
ações, pretende implantar o Plano Estadual de Educação e convocar as
universidades públicas e privadas para compor parcerias permanentes,
além de lançar e efetivar o Pronatec Estadual. Outro projeto é o Brasil
Profissionalizado, em parceria com o governo federal. “Quero dignificar a
atividade professoral com salários dignos, respeito profissional e
preparação acadêmica”.
Na Saúde o governador tem a meta de construir o Hospital de Traumas e
recuperar 25 unidades hospitalares. Na área de Segurança, uma das
bandeiras de sua campanha, o governador reafirmou a implantação do
projeto Ronda Cidadã, já executado no Brasil e outros países. Outro
destaque foi o aparelhamento técnico e humano da polícia civil e a
revisão do estatuto da PM. “Estabelecidas as prioridades de emergência,
não descuidarei dos outros núcleos da vida em sociedade”, disse.
Robinson citou ainda o turismo, o esporte e a cultura como prioridades
do seu governo. No campo econômico, disse que pretende promover e
ampliar a geração de empregos, mas ressaltou que o sucesso das
iniciativas “dependerão da vontade política e do apoio da coletividade”.
O governador afirmou que pretende fazer uma gestão humanitária, mas
austera e transparente e que escolheu seus auxiliares com base em
critérios técnicos e já cumprindo uma das primeiras promessas de
campanha. Também enfatizou que pretende ter uma relação de irmandade,
mas de independência, harmonia e tratamento respeitoso com os demais
poderes. “Serei incansável na luta pela promoção do desenvolvimento
econômico, social e na construção de uma gestão que traga de volta aos
norte-rio-grandenses, a honra de serem filhos desta terra tão amada”,
disse.
Expectativas
Os deputados falaram sobre suas expectativas com relação ao novo
governo. Tomba Farias (PSB) disse que a Casa está pronta para auxiliar:
“Não temos lado, estamos do lado do RN para ajudar a cumprir as
promessas feitas em campanha, especialmente em áreas críticas como a
saúde e segurança”, disse. Kelps Lima (SD) disse que aguarda as medidas
necessárias para tirar o Estado da crise em que se encontra: “Muitas
vezes as crises são oportunidades de transformação e precisamos que
ocorra”.
Fernando Mineiro (PT) disse que suas expectativas são as melhores
possíveis: “Todos temos a consciência dos problemas, mas estou muito
esperançoso na dedicação, coragem e determinação do governador para
tirar o Estado da situação em que se encontra e coloca-lo num novo
patamar”. Gustavo Fernandes (PMDB) espera que os pilares mais difíceis
da administração sejam atendidos. “Os primeiros dias serão difíceis, mas
a Assembleia irá fazer a sua parte, mas mesmo estando na oposição
ajudarei no que for preciso”, disse.
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