Atualizado em 30/04/2014 11h53
Presidente foi indagada sobre adesão de aliados ao movimento 'Volta Lula'.
Ela concedeu entrevista nesta quarta (30) a rádios de Salvador (BA).
'Senso prático'
Presidente foi indagada sobre adesão de aliados ao movimento 'Volta Lula'.
Ela concedeu entrevista nesta quarta (30) a rádios de Salvador (BA).
Diante da pressão de aliados para que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva dispute a corrida pelo Palácio do Planalto em outubro, a presidente Dilma Rousseff afirmou nesta quarta-feira (30) que irá "tocar em frente" sua candidatura pela reeleição mesmo sem o apoio dos partidos governistas. A chefe do Executivo comentou sobre a intensificação do movimento "Volta Lula" aos ser questionada sobre o "fogo-amigo" durante entrevista à Rádio Metrópole e à Rádio Tudo, de Salvador (BA).
Gostaria muito que, quando eu for candidata, eu tivesse o apoio da minha própria base. Agora, não havendo esse apoio, a gente vai tocar em frente"
Dilma Rousseff, presidente da República
"Este é um ano eleitoral. Em um ano eleitoral, é possível que ocorram todas as hipóteses que você conceber e ainda aquelas que você não conceber [...] Gostaria muito que, quando eu for candidata, eu tivesse o apoio da minha própria base. Agora, não havendo esse apoio, a gente vai tocar em frente", enfatizou.
Nesta segunda-feira (28), a bancada do PR na Câmara, integrante da base governista, anunciou apoio ao movimento “Volta Lula”, que tem adeptos no PT e defende que o ex-presidente concorra à eleição presidencial.
Líder do PR na Câmara, Bernardo Santana pendura
na parede retrato oficial do ex-presidente Lula
(Foto: Reprodução / GloboNews)
Na ocasião, o líder do PR, deputado Bernardo Santana (MG), leu um manifesto assinado por 20 dos 32 deputados federais no qual a bancada "reivindica" o retorno de Lula. Segundo Santana, se o PT mantiver Dilma como candidata, os deputados pretendem reavaliar o apoio à candidatura do PT na convenção nacional do PR.
Questionada sobre a pressão dos aliados, Dilma tentou minimizar as críticas de parte da base governista. De acordo com a chefe do Executivo, sua preocupação é "governar o país".
"Sempre, por trás de todas as coisas, existem outras explicações. Não vou me importar com isso [crise com a base aliada]. Daqui até o final do ano, tenho uma atividade importante para fazer. Não posso me desligar nem um pouco dela: é governar este país", ressaltou a presidente.
'Senso prático'
Em um café da manhã com jornalistas nesta quarta-feira, o ministro das Relações Institucionais, Ricardo Berzoini, afirmou que a discussão sobre o "Volta Lula" não tem "senso prático". Na avaliação de Berzoini, ex-presidente nacional do PT, "não é razoável" a base aliada abrir uma discussão neste momento sobre quem irá encabeçar a chapa petista.
Não é razoável que nós entremos agora num debate que não tem muito senso prático, com todo respeito àquelas pessoas que defendem o volta Lula"
Ricardo Berzoini, ministro das Relações Institucionais
"A presidenta Dilma tem o direito da eleição e certamente vai exercer o direito à reeleição com o apoio do PT e de vários outros partidos. Então, não é razoável que nós entremos agora num debate que não tem muito senso prático, com todo respeito àquelas pessoas que defendem o volta Lula", opinou.
Responsável pela articulação política do governo, Berzoini reconheceu que há aliados defendendo o retorno de Lula. Porém, ponderou o ministro, essa ala seria minoritária.
"O sentimento do volta Lula é um sentimento que nós entendemos que tem uma base real, porém, minoritária no mundo político porque as pessoas sabem que muito além da discussão de apreço pelo Lula ou pela presidente Dilma está uma discussão de estratégia política."
Do G1, em Brasília
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