BRASÍLIA — Pesquisa CNI/Ibope, divulgada nesta quarta-feira, aponta
uma queda de oito pontos percentuais na aprovação do governo Dilma e de
igual percentual no jeito como ela comanda o país. O levantamento
demonstrou ainda um pessimismo da população em relação o restante da
gestão da petista. A pesquisa ouviu 2.002 eleitores, em 142 municípios,
entre os dias 8 e 11 de junho, portanto, antes da repressão policial
contra os manifestantes, na quinta-feira passada, dia13, e antes de o
movimento se espalhar por todo o país, levando milhares de pessoas às
ruas para demonstrar seu descontentamento.
De acordo com a pesquisa, 55% dos eleitores consideram o governo bom ou ótimo. Em março, eram 63%. Para 13%, a gestão dela é ruim ou péssima, um aumento de oito pontos percentuais em relação a março, quando apenas 7% tinham essa avaliação. O índice de regular teve uma variação de 29% para 32%.
De acordo com a pesquisa, 55% dos eleitores consideram o governo bom ou ótimo. Em março, eram 63%. Para 13%, a gestão dela é ruim ou péssima, um aumento de oito pontos percentuais em relação a março, quando apenas 7% tinham essa avaliação. O índice de regular teve uma variação de 29% para 32%.
Apesar da queda na popularidade, Dilma continua sendo mais bem avaliada, em seus pouco mais de primeiros dois anos de mandato, do que seus antecessores. No mesmo período, Fernando Henrique Cardoso (PSDB) era aprovado por 34%, e Luiz Inácio Lula da Silva (PT), por 35%.
A queda da popularidade foi maior entre a população com maior renda. Segundo o levantamento, a aprovação caiu de 77% para 50% entre os que têm renda familiar acima de dez salários mínimos.
Uma das principais críticas dos entrevistados está no combate à inflação. No último levantamento, em março, 47% disseram desaprovar a maneira como o governo tratava o tema. Agora, esse índice subiu para 57%, a maior taxa desde março de 2011, quando foi feita a primeira pesquisa sobre o governo Dilma.
O Ibope também aferiu que o boato sobre o fim do Bolsa Família foi a notícia mais lembrada pela população - 15% citaram esse fato; para 10%, a notícia mais lembrada foi a entrega dos estádios e o atraso no cronograma das obras.
Cardozo não vê relação da pesquisa com onda de violência
O ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, disse após a divulgação da pesquisa que não vê relação nenhuma entra a onda de protestos no país e a queda de popularidade da presidente:
— A pesquisa é uma situação episódica, decorrente de situações muito pontuais e conjunturais. O índice de aprovação do governo continua muito alto. Pesquisas são retratos de momentos que se alteram. Então, não vejo relação nenhuma de causa e efeito entre um governo que é muito bem avaliado e as manifestações. Acho que as manifestações têm o seu conteúdo, a sua razão de ser, e cabe a nós, governantes, ouvir e refletir.
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