Joaquim Barbosa em Alcaçuz (Fotos: Tasso Pinheiro/TJ) |
“É muito desumano ver o que nós vimos aqui hoje”, disse o
ministro depois de passar pelo Pavilhão II da Penitenciária.
O ministro,
que também preside o Conselho Nacional de Justiça, presenciou a forma como estão
alojados só os mais de 160 presos daquele pavilhão.
Em todo o presídio são mais de mil.
Celas sem
ventilação ou iluminação, gambiarras nas fiações elétricas, urina escorrendo
pelos corredores, estrutura física degradada, forte cheiro de urina e fezes,
problemas com o sistema de esgoto…foi o que o ministro constatou.
“Muito pouco ou quase nada foi feito do último mutirão para cá.
As coisas não evoluíram. As autoridades desse estado precisam refletir
seriamente sobre esse problema. É um avanço civilizacional que precisa ser feito
urgentemente porque as consequências desse descaso, desse abandono, se refletem
no desassossego social”, declarou o ministro em coletiva à imprensa.
“O governo do Estado sabe muito bem o que precisa ser feito, já
há dois anos. Nada foi feito, há reclamações de que há entraves administrativos.
Me prontifiquei a conversar com a governadora do Estado e o ministro da Justiça
para remover esses entraves”, afirmou Barbosa.
“A medida a ser feita quem tem que fazer não somos nós, o
Judiciário. O que falta aqui na verdade é a tomada de deliberações concretas no
sentido, pelo menos minimizar uma situação que é caótica, que é desumana”,
encerrou.
FONTE: THAIZA GALVAO
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