Prefeito expõe crise nas finanças municipais
"Natal está num colapso. Se fosse uma empresa estava insolúvel". A declaração foi dada pelo prefeito de Natal, Paulinho Freire (PP), à repórter Gabriela Freire, da Tribuna do Norte, e se refere à decisão do juiz Sérgio Roberto Nascimento Maia, da 2ª Vara da Infância e da Juventude de Natal.
O magistrado determinou que o Município garanta a conclusão do ano letivo de 2012 na rede pública, com o repasse, no prazo de 48h, a quantia de R$ 6.361.906,31, e o mesmo valor após trinta dias, para a Secretaria Municipal de Educação.
"Vamos nos reunir para buscar uma solução. É muito difícil cumprir essa decisão. Porque nosso problema é totalmente financeiro. Se ocorrer o bloqueio, não teremos como pagar os funcionários", alerta o prefeito, afirmando que a Prefeitura do Natal não tem condições de cumprir a determinação judicial.
De acordo com ele, ainda em entrevista à Tribuna do Norte, se o bloqueio da conta do município acontecer, o pagamento da folha do mês de dezembro e o 13º salário dos servidores municipais será prejudicado.
Paulinho Freire, que era vice-prefeito e assumiu o cargo com o afastamento da prefeita Micarla de Sousa (PV), diz que todo dia encontra novas crises, sempre urgentes.
“Elas só chegam assim. Ou paga ou bloqueia a conta. As pessoas precisam conhecer a real situação da prefeitura e saber que não existe condições de atender todas as demandas. Se quiser bloquear amanhã, não tem esse dinheiro. Se realmente acontecer um bloqueio os funcionários vão ficar sem receber", alerta.
defato.com
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