Apesar dos programas de inclusão social criados na última década e da recuperação do poder de compra do salário mínimo, o fosso da desigualdade entre ricos e pobres ainda é profundo no Rio Grande do Norte. O rendimento per capita médio de um domicílio ocupado pelos 20% mais ricos da população é 19,34 vezes maior que a média de rendimento dos 20% mais pobres. A relação entre os rendimentos de ricos e pobres no RN é o terceiro pior do Brasil, atrás apenas do Distrito Federal (24,78) e do Maranhão (20,53). Em valores do ano passado, R$ 106,11 para pobres e R$ 2.052,58 para ricos. As informações são do IBGE, que ontem divulgou a “Síntese de Indicadores Sociais – uma análise das condições de vida da população brasileira”.
O estudo mostra uma série de obstáculos que o poder público terá de enfrentar, a começar pela adoção de programas de geração de empregos e pela melhoria da educação. De acordo com o estudo, 30,2% da população norte-rio-grandense na faixa etária entre 18 e 24 anos não trabalha nem estuda. Isso equivale a 114 mil jovens.
Uma síntese do estudo feita pela Supervisão de Disseminação de Informações do IBGE/RN, chama atenção para um dado que eles classificam como “alarmante”. “Cerca de 19,5% das pessoas com 25 anos ou mais tem, no máximo, um ano de instrução, o que significa em torno de 370 mil pessoas. É uma situação melhor que a do cenário nordestino (26,1%), porém pior que a média nacional (15,1%).
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