27 de junho de 2012
O Globo
Manchete: Revisor libera processo e mensalão já tem data
Julgamento no STF agora está previsto para começar no dia 2 de agosto
O ministro revisor do mensalão, Ricardo Lewandowski, concluiu ontem seu voto e devolveu os autos do processo para o Supremo Tribunal Federal (STF), garantindo assim que o julgamento possa ter início no dia 2 de agosto. Lewandowski demonstrou irritação com as pressões que sofreu para que concluísse seu voto até anteontem, para que o julgamento pudesse ter início no primeiro dia de agosto, conforme previa o calendário da Corte. “Foi o voto-revisor mais curto da história do STF. A média para um réu é de seis meses. Fiz das tripas coração para respeitar o que foi estabelecido pela Suprema Corte.” Para manter o cronograma inicial — o STF entra em recesso em julho e é preciso divulgar a pauta com três dias de antecedência —, o presidente do órgão, Carlos Ayres Britto, cogitou a publicação ontem de uma edição extra do Diário da Justiça, mas foi convencido pelos demais ministros que, mesmo sendo comum na rotina do Supremo, a atitude poderia dar aos réus motivos para pedir a nulidade do julgamento. (Págs. 1 e 3)
Merval Pereira
O voto-revisor de Lewandowski caminha no sentido de indicar que o STF deve optar por penas mais brandas.
Lula e Haddad são multados por fazer campanha em TV (Págs. 1 e 10)
Calote aumenta no país; juros caem
A inadimplência atingiu 8% em maio, mesmo nível de novembro de 2009, no auge da crise. No cartão de crédito, o atraso bateu recorde: 30% das dívidas. Já os juros nos empréstimos a pessoas físicas caíram de 41,8% para 38,8%, o menor em 18 anos. O governo lança hoje plano para injetar na economia até R$ 6 bilhões. (Págs. 1, 19 e Míriam Leitão)
Obituário
Marcos Vianna, desenvolvimentista que presidiu por mais tempo o BNDES, de 1970 a 1979 (nos governos Médici, Geisel e Figueiredo). Aos 78 anos, no Rio. (Págs. 1 e 23)
Toffoli dará a palavra final sobre contas-sujas
O ministro Dias Toffoli dará o voto de desempate no TSE que decidirá se os contas-sujas podem concorrer nas eleições deste ano. Ontem, o julgamento estava 3 a 3 quando Toffoli, último a votar, pediu vista do processo, suspendendo a sessão, que deve ser retomada amanhã. (Págs. 1 e 10)
Cachoeira retirou nome de contrato de casa
Gravações mostram que, ao negociar a compra da casa do governador Marconi Perillo (GO), Carlinhos Cachoeira pediu que seu nome fosse retirado do contrato. (Págs. 1 e 9)
Queda de homicídios no Rio tem novo recorde
Os 1.784 homicídios dolosos registrados nos cinco primeiros meses do ano representam redução de 8,3% em relação ao mesmo período de 2011 e o menor índice em 21 anos, em toda a série histórica. A taxa de 10,9 por 100 mil habitantes está perto da aceita pela OMS. (Págs. 1 e 15)
Sem Paraguai, Mercosul pode ter Venezuela
Os governos de Brasil, Argentina e Uruguai estão dispostos a receber oficialmente a Venezuela no Mercosul, na reunião de cúpula de Mendoza e atingir diretamente o Congresso paraguaio, responsável pelo impeachment-relâmpago do ex-presidente Fernando Lugo. O Paraguai é o único que ainda não aprovou a entrada da Venezuela no bloco. (Págs. 1, 25 e Elio Gaspari)
Justiça de SP condena Ustra por danos morais
O coronel reformado do Exército Carlos Alberto Brilhante Ustra foi condenado a indenizar por danos morais a viúva e a irmã do jornalista Luiz Eduardo Merlinho, torturado e morto em 1971 nas dependências do DOI-Codi de São Paulo, comandado na época por Ustra. (Págs. 1, 11 e editorial “Razão de ser da Comissão da Verdade”)
Volta ao Mundo
Rio+20, Egito, Grécia… Parecia que o mundo ia mudar, mas tudo foi só fachada. (Págs. 1 e Helena Celestino, 26)
Assad e ONU já falam em guerra na Síria
O ditador Bashar al-Assad e o relator da ONU Paulo Sérgio Pinheiro, que pela primeira vez pôde entrar na Síria, disseram ontem que o país está vivendo em estado de guerra. Para Pinheiro, que apresenta hoje o relatório da visita, os rebeldes estão mais bem armados, mas não conseguirão derrubar Assad por serem desconectados entre si. (Págs. 1 e 27)
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Folha de S. Paulo
Manchete: Ministro dá aval, e STF tem data para julgar o mensalão
Pressionado pelo presidente da corte, Lewandowski libera processo; tribunal marca primeira sessão para 2 de agosto
O ministro do STF Ricardo Lewandowski, revisor da ação do mensalão, liberou ontem o processo, o que permitirá o início do julgamento em 2 de agosto, apenas um dia após o prazo inicial. Alvo de pressão por parte do presidente da corte, Lewandowski havia afirmado à Folha que poderia finalizar o trabalho até sexta-feira.
Numa demonstração de insatisfação com a cobrança, o ministro disse que essa foi a revisão “mais curta da história do Supremo”, mas negou que tenha apressado a devolução por conta das pressões. “A média para um réu é de seis meses [são 38 réus no mensalão]. Eu fiz das tripas coração para respeitar o estabelecido.” (Págs. 1 e Poder A4)
Análise
Ministro usou a liberdade de tempo que a lei lhe concede, escreve Joaquim Falcão. (Págs. 1 e Poder A6)
Eleitores do PT reprovam aliança com Paulo Maluf
O apoio de Paulo Maluf (PP-SP) ao petista Fernando Haddad é rejeitado por 62% dos eleitores de São Paulo, segundo pesquisa Datafolha. Entre os que votam no PT, o índice chega a 64%.
Haddad perdeu dois pontos e continua em terceiro, com 6% das intenções de voto. A queda está dentro da margem de erro. Nádia Campeão, do PC do B, será anunciada para a vice. (Págs. 1 e Poder A8 e A9)
Justiça condena coronel Ustra a pagar indenização
Na primeira condenação para que um agente da ditadura pague indenização, o coronel Carlos Alberto Brilhante Ustra terá de dar R$ 100 mil a familiares de Luiz Eduardo da Rocha Merlino, morto em 1971 devido a torturas. Cabe recurso. (Págs. 1 e Poder A7)
Justiça de São Paulo arquiva investigação contra Palocci (Págs. 1 e Poder A14)
Museu de Lula poderá utilizar recurso público (Págs. 1 e Poder A9)
Presidente do Paraguai diz que assumiu para evitar guerra
O presidente do Paraguai, Federico Franco, disse que, ao assumir o cargo, quis “evitar uma guerra civil”. Para ele, poderia ter havido “derramamento de sangue” no país, que não estava preparado para “quatro ou cinco meses sem eleições”.
O senador Fernando Collor defendeu a ação do Congresso que tirou Fernando Lugo do posto. (Págs. 1 e Mundo A16)
Elio Gaspari
É prepotente tirar o país da reunião do Mercosul. (Págs. 1 e Poder A8)
Dilma lança novo pacote para tentar acelerar economia
A presidente Dilma anuncia hoje medidas para recuperar o ritmo econômico no fim do ano. O foco será nas compras governamentais de bens de capital e de equipamento, mas atingirá também as áreas moveleira, farmacêutica e têxtil. (Págs. 1 e Mercado B1)
A inadimplência voltou a crescer e atingiu 6% em maio, maior índice desde junho de 2000 (Págs. 1 e Poder A15)
Editoriais
Leia “Freada de arrumação”, acerca de queda nas projeções para o PIB, e “Caciques em ação”, sobre caráter personalista das alianças políticas. (Págs. 1 e Opinião A2)
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O Estado de S. Paulo
Manchete: STF julga mensalão em 2 de agosto, após 7 anos
Cronograma do revisor, que levou 6 meses para dar parecer, indica que ele desceu ao mérito das questões
Sete anos após o caso vir à tona, os réus do mensalão vão a julgamento em 2 de agosto. Embora o parecer do revisor do processo, ministro Ricardo Lewandowski, tenha sido concluído ontem, com um dia de atraso, o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Carlos Ayres Britto, preferiu publicar o ato somente hoje no Diário De Justiça – e não em edição extra ontem – para evitar ações de impugnação. O tempo que Lewandowski levou para liberar o processo – seis meses – provocou mal-estar com Ayres Britto, que cobrara a entregada revisão. Veladamente, ministros alimentaram as críticas de que o presidente do Supremo estaria dando ao caso do mensalão trâmite não usual. O cronograma adotado por Lewandowski indica que ele desceu ao mérito das questões. Nos bastidores, a avaliação é de que o ministro construiu um voto que faz reparos ao voto do relator, ministro Joaquim Barbosa. (Págs. 1 e Nacional A4)
Ricardo Lewandowski
Ministro do STF
“Fiz das tripas coração para respeitar o que foi estabelecido pela Suprema Corte”
Sucessor de Lugo: “Não quero problemas com Brasil’
O novo presidente do Paraguai, Federico Franco, disse que quer enfrentar o isolamento de seu governo “com ações, e não palavras” e afirmou que teve de assumir para evitar uma “guerra civil”, informa Roberto Simon, enviado especial. Em entrevista a jornais sul-americanos, entre os quais o Estado, Franco disse querer evitar problemas com Brasil e Argentina. “Mandem a mensagem de que está tudo normal por aqui”, insistiu Franco três vezes durante a conversa. Segundo ele, o processo de impeachment do presidente Fernando Lugo foi sumário para evitar derramamento de sangue. Às vésperas da primeira reunião do Mercosul sem o Paraguai, Argentina, Brasil e Uruguai admitem que existe um “impasse democrático” com o vizinho. (Págs. 1 e Internacional A9, A11 e A12)
Federico Frango
Presidente do Paraguai
“Este é um governo constitucional”
Governo acelera compras para ajudar indústria
Em caráter de urgência, o governo anuncia hoje a antecipação de compras. Terão prioridade aquisições de setores que estimulem a indústria, como saúde, defesa e educação. O governo também quer exigir conteúdo local do setor de energia. (Págs. 1 e Economia B1)
Sacolas voltam aos mercados até amanhã (Págs. 1 e Vida A18)
Evo Morales já negocia com policiais “golpistas” (Págs. 1 e Internacional A12)
Embraer e Boeing vão criar cargueiro militar (Págs. 1 e Economia B13)
Coronel Ustra terá de indenizar vítima da ditadura
Em seu primeiro revés na Justiça, o coronel reformado do Exército Carlos Alberto Brilhante Ustra foi condenado apagar indenização de R$ 100 mil à família do jornalista Luiz Eduardo da Rocha Merlino, morto sob tortura no DOI-Codi em 19 de julho de 1971. (Págs. 1 e Nacional A8)
Eliana Cardoso
Vale-tudo, moralidade e filosofia
Erundina agiu como a maioria da população, cuja intuição moral combina de forma nem sempre consciente as teorias de Kant e do contratualismo.
POSTADO PPR CLEUMY CANDIDO FONSECA ÁS 08:11
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