23 de fev. de 2012

Garibaldi: “Candidatura de Hermano a prefeito é irreversível


O ministro da Previdência Social, Garibaldi Alves Filho (PMDB), afirmou hoje pela manhã, que a candidatura do PMDB a prefeito de Natal "é irreversível". Trata-se de uma reposta às especulações e tentativas de enfraquecimento do projeto partidário do PMDB, que é lançar, nas convenções de junho, o deputado estadual Hermano Morais (PMDB) candidato à prefeitura da capital.

Depois de hipotecar apoio à pré-candidatura de Hermano Morais, Garibaldi diz agora que o lançamento é irreversível. Com isso, deixa claro que o PMDB não fará aliança para as eleições deste ano com partidos de oposição ao governo federal. Embora auxiliar da presidente Dilma Rousseff, no RN Garibaldi é aliado de primeira hora da governadora Rosalba Ciarlini (DEM).

Com a adesão do líder do PMDB na Câmara dos Deputados, deputado federal Henrique Alves, ao governo de Rosalba, no segundo semestre do ano passado, o partido concretizou sua posição híbrida. Aliado de Dilma e do PT no plano federal; correligionário de Rosalba e do DEM no Rio Grande do Norte, aliança que também conta com o presidente nacional do DEM, José Agripino.
A confirmação de Hermano como candidato "irreversível" por Garibaldi vem após o anúncio da aliança do DEM com o PSDB em Natal, fortalecendo o possível candidato do PSDB, deputado federal Rogério Marinho. Por ser aliado do DEM, o PMDB não lançar candidato próprio em Natal poderia significar apoiar ao mesmo candidato que o DEM: o do PSDB.

Nos últimos dias, com o fortalecimento da candidatura de Rogério, o nome de Hermano passou a ser minado por setores da imprensa ligados ao demotucanato. Rogério está em terceiro nas pesquisas, atrás de Carlos Eduardo (PDT) e Wilma de Faria (PSB), mas à frente de Hermano. Perguntado se a candidatura de Hermano poderia ser retirada, Garibaldi disse que não. "Não existe essa possibilidade, a candidatura de Hermano é irreversível".

Medidas
O ministro da Previdência, Garibaldi Filho, comentou a mensagem da governadora Rosalba Ciarlini (DEM). "Eu acho que ela enfrentou dificuldades, mas novas perspectivas estão se abrindo. Ela está contando com o apoio do governo federal, e as medidas que ela adotou no plano interno deverão dar resultado".

Instado a citar essas medidas, ele lembrou a diminuição/redução dos cargos em comissão e diminuição das gratificações, ações tomadas com "grande sacrifício para ela". Para Garibaldi, que foi duas vezes governador do Estado, é uma ação difícil "reduzir gratificação num estado como o nosso, onde os salários são baixos e dependem muito da gratificação".

Provocado a falar sobre as declarações do empresário e ex-presidente da FIERN, Bira Rocha, que apontou deficiência no planejamento do Estado, Garibaldi, que teve Bira como secretário de Administração no seu primeiro ano como governador, disse que o ex-auxiliar "tem autoridade para falar sobre administração". Contudo, segundo o ministro, falta a Bira informação sobre os intramuros da administração. "Ele não está acompanhando de perto o governo de Rosalba. Ele não tem uma visão mais profunda do que está acontecendo. O problema, às vezes, é de informação. Eu discordo, apesar de reconhecer a autoridade e a colaboração que ele deu no meu governo. Mas, é como eu digo: ele não conhece o governo de perto", disse Garibaldi.

POSTADO POR CLEUMY CANDIDO FONSECA ÁS 14:15

Nenhum comentário:

Postar um comentário