8 de set. de 2011
DEPUTADOS CONCORREM À VAGA DE MINISTRO DO TCU.
O presidente da Câmara, Marco Maia (PT-RS), programou para o dia 21 de setembro a sessão plenária para eleição do novo ministro do Tribunal de Contas da União (TCU). A vaga decorre da aposentadoria do ex-presidente da instituição Ubiratan Aguiar, que foi deputado federal. A remuneração de ministro do Tribunal de Contas da União é de aproximadamente R$ 25 mil, além de férias de dois meses, carro oficial e cota de passagens aéreas de R$ 50 mil ao ano. A aposentadoria é compulsória aos 70 anos de idade, com direito ao salário integral.
O líder do PTB, deputado Jovair Arantes (GO), diz que esta eleição é diferente das outras, em que o partido do candidato não é tão relevante quanto o bom trânsito com os colegas de parlamento. "Não é uma disputa ideológica nem partidária nem de oposição ou situação. É de proximidade, ou até mesmo, de afetividade", disse o petebista, que investe no corpo a corpo para pedir votos aos colegas.
Arantes, que acumula cinco mandatos consecutivos, concorre com o ex-presidente da Câmara Aldo Rebelo (PCdoB-SP), que tem seis mandatos consecutivos e o recall de eleições anteriores em que tentou voltar ao comando da Casa. Outra candidata de peso é a deputada Ana Arraes (PSB-PE), que tem como cabo eleitoral o filho Eduardo Campos, governador de Pernambuco e presidente nacional do PSB. Campos obteve do senador Aécio Neves (PSDB-MG) a promessa de que os votos da bancada tucana irão para sua mãe. Veterano na disputa, o deputado Átila Lins (PMDB-AM) concorre mais uma vez à vaga.
Tradicionalmente Câmara e Senado se alternam na indicação de seis das nove vagas de ministro do TCU, sendo as outras três indicadas pelo presidente da República. Agora é a vez de um nome da Câmara herdar a cadeira de Ubiratan Aguiar, que foi deputado pelo PDSB.
Negociações envolvem governadores
Vai muito além do Tribunal de Contas da União (TCU) a briga travada na Câmara pela vaga de ministro da corte. O novo ministro deve ser escolhido no dia 21 em votação secreta e restrita ao plenário da Câmara. Nos bastidores, porém, a negociação envolve deputados, senadores e governadores preocupados com duas outras eleições: a de presidente da Câmara, em 2013, e a sucessão presidencial de 2014.
Essa articulação patrocinada por personagens da política nacional, a começar pelo governador de Pernambuco e presidente do PSB, Eduardo Campos, que aponta para o favoritismo da líder da bancada socialista, deputada Ana Arraes (PE). Decidido a eleger a mãe para o TCU, Campos viajou por vários Estados em busca do apoio de líderes que possam influenciar o voto de suas bancadas.
Foi a pedido dele que os governadores Geraldo Alckmin (PSDB-SP) e Sérgio Cabral
(PMDB-RJ) já pediram votos para a deputada. Isto depois de Campos ter se reunido com o senador Aécio Neves (PSDB-MG) para um café da manhã na casa de Ana Arraes, a pretexto de tratar da aliança PSB-PSDB em Belo Horizonte.
Com Alckmin e Aécio apoiando a candidata do PSB, não restou opção ao deputado tucano Fernando Francischini (PR) a não ser desistir da candidatura. Ele queria defender a presença de um delegado da Polícia Federal no TCU, mas foi atropelado pelo tucanato. Aécio preferiu focar na parceria estratégica com o PSB, de olho na própria candidatura presidencial em 2014.
Fonte: Agência Estado
Foto: Válter Campanato
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