6 de jun. de 2011

Revista nacional aponta Fábio Faria como suspeito de receber doação de “empresa fantasma”


Da TN on line:

A edição da revista Época desta semana traz uma reportagem acerca de doações fantasmas feitas a candidatos do Partido dos Trabalhadores (PT) em Brasília. São Paulo e Espírito Santo. O único beneficiado que não filiado ao PT é o deputado federal Fábio Faria, do Partido da Mobilização Nacional (PMN) do Rio Grande do Norte. O político potiguar, de acordo com investigação dos repórteres da Época, recebeu R$ 50 mil durante a campanha da qual saiu vitorioso ano passado. De acordo com a revista, a empresa responsável pelo repasse das verbas – que somaram R$ 700 mil em doações – incluindo a doação para Faria, é a M. Brasil Empreendimentos, Marketing e Negócios. A sede da empresa é no Rio de Janeiro e os registros foram feitos nos nomes de um motoboy e de um sargento do Corpo de Bombeiros da Bahia.

Do montante, a M. Brasil deu R$ 100 mil ao Diretório Nacional do PT, R$ 300 mil ao comitê do governador eleito de Brasília, Agnelo Queiroz, e R$ 50 mil ao deputado paulista Ricardo Berzoini, ex-presidente do Partido dos Trabalhadores. As doações se estenderem, também, a dois reconhecidos petistas: o deputado distrital Chico Vigilante, de Brasília, e o candidato derrotado a deputado federal pelo Espírito Santo Guilherme Lacerda. Cada um recebeu R$ 100 mil. Lacerda foi presidente do fundo de pensão dos empregados da Caixa Econômica Federal, o Funcef.

Apesar de existirem recibos e transações bancárias em nome da empresa, todos os envolvidos desconhecem ou não recordam os repasses. Com exceção do empresário carioca Pedro Barenboim, que, segundo a revista, efetuou o repasse para o comitê da campanha do deputado federal Fábio Faria. Barenboim é dono de uma distribuidora de medicamentos e de uma rede de farmácias no Rio de Janeiro.

A Época localizou o empresário Pedro Barenboim. Em aproximadamente dois anos, a empresa administrada por ele saiu da falência para um patrimônio contratual de R$ 67 milhões. O empresário afirmou à revista que realmente administrava a M. Brasil. Mas não explicou o envolvimento da empresa com as doações, além dos contratos milionários. Limitou-se a dizer que ajudou o PT por ter se tornado um fã do ex-presidente Lula. “Também doei para a campanha de Agnelo (Queiroz) porque acho que ele fez um bom trabalho no governo (do Distrito Federal)”, afirmou Barenboim à Época.

De todos os políticos investigados pela reportagem, o único não-petista é o potiguar Fábio Faria. A reportagem descreve Fábio Faria como “um parlamentar conhecido por flanar em festas do circuito Rio-São Paulo ao lado de estrelas da televisão, como Adriane Galisteu ou Sabrina Sato”. A revista manteve contato com o deputado federal potiguar que afirmou que a doação de R$ 50 mil foi feita por um grupo econômico interessado em investir no Rio Grande do Norte. Segundo o depoimento de Fábio à revista, foi uma doação legal a seus arrecadadores de campanha.

Fábio disse que não sabia por que o recibo foi emitido em nome da M. Brasil Empreendimentos, Marketing e Negócios, empresa na qual ele diz nunca ter ouviu falar. “Resolvi ajudar o Fábio porque ele é meu amigo, meu amigão”, afirmou o empresário carioca Pedro Barenboim. “Não sei quem é, nunca vi esse sujeito”, garantiu o deputado federal Fábio Faria ao periódico.

postado por cleumy candido ás 08:45

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