A corrida presidencial ganhou os primeiros contornos após os
resultados das eleições municipais. O fortalecimento do PSDB e o
enfraquecimento dos partidos de esquerda, principalmente do PT, começa a
tirar das sombras os candidatos à presidência da República, em 2018.
O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), tomou a dianteira
ao fazer o prefeito da capital paulista e ao apoiar candidatos
vitoriosos em 11 das 39 cidades da região metropolitana, avançando sobre
municípios tradicionalmente sob domínio do PT. O tucanato paulista
usará a vontade popular para ter prioridade na indicação presidencial,
colocando o senador Aécio Neves em segundo plano, em função da derrota
sofrida em Belo Horizonte, seu domicílio eleitoral.
Fora dos palanques, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva é o
plano A do PT, apesar de sair derrotado. Com o PT apenas em 11º lugar no
ranking nacional dos partidos, Lula trabalhará por uma união da
esquerda. Afinados com os petistas, PDT, PSB, Rede e PCdoB fizeram 8
das 26 prefeituras de capitais, contra 13 em 2012.
Ciro Gomes (PDT) tenta agregar o bloco e ser o herdeiro de Lula para
viabilizar a candidatura. Poderá ter como adversário a concorrência de
políticos com importantes resultados. No PCdoB, o governador do
Maranhão, Flávio Dino, foi a surpresa – e mais da metade das prefeituras
do Estado serão comandadas pelo partido. O prefeito de Recife, Geraldo
Júlio, tenta conter o assédio tucano sobre o PSB e defenderá candidatura
própria do partido para defender o legado de Eduardo Campos.
Na outra ponta, Marina Silva não conseguiu transformar em votos para a
Rede o resultado que teve nas urnas nas duas últimas eleições
presidenciais. Na direita, o deputado Jair Bolsonaro (PSC-RJ) foi o
primeiro a lançar pré-candidatura.
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