13 de jan. de 2016

PMDB deverá eleger um presidente investigado

Por Thaisa Galvão




O nome do ministro do Turismo, Henrique Alves, chegou a ser cotado para presidir o diretório nacional do PMDB.
Mas a citação de Henrique na Lava Jato tirou o ex-deputado potiguar do páreo.
Agora o nome lembrado é o do presidente do Senado, Renan Calheiros.
Ôxe…

Mas Calheiros está literalmente encalacrado, já até envolvido em processo.
Vá entender.
Renan sabe que tá bichado e quer indicar o senador Romero Jucá, que está na lista de investigados do procurador Rodrigo Janot.
O fato é que o PMDB está sem saída na escolha do seu presidente, e para onde apontar, baterá de cara com a Lava Jato.
O atual presidente, o vice-presidente da República, Michel Temer, quer se manter no cargo, mas a ala do partido contrária a ele, liderada por Renan Calheiros, faz de tudo para inviabilizar o desejo de Temer.
Aliás, Temer tem conseguido inviabilizar muita coisa.
Considerado um bom articulador, de repente o olho grande pelo poder, pela cadeira principal do Palácio do Planalto, o tornou desastrado.
Temer começou há quase um ano a demontrar o desejo de ser Dilma, declarando que o PMDB terá candidato próprio em 2018.
Ainda faltam 3 anos mas a ânsia pelo poder fez Temer jogar o PMDB na Lava Jato.
O partido estava lá, investigado, mas na gaveta.
A desastrada carta de Temer para Dilma foi o estopim, e para onde se vira dentro do partido tem o fantasma da Lava Jato.
Então, certamente, na convenção de março, o PMDB elegerá um presidente investigado.
Temer vai rodar o Brasil na tentativa de bater Renan e ganhar a simpatia dos diretórios.

Tomara que não misture o cargo de presidente do PMDB com o de vice-presidente da República e se utilize de avião da FAB e equipe de segurança do Palácio do Planalto para fazer campanha pelo Brasil afora.

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