Foto: Divulgação / Juventude CJP
Da redação
Prevendo possível colapso no
abastecimento do município de Coronel João Pessoa, no Alto Oeste,
representantes políticos, Instituto de Gestão de Águas do RN (IGARN),
CAERN, Secretaria de Recursos Hídricos (SEMARH) e sociedade civil
organizada se reuniram na última quinta-feira (24) em audiência pública
para discutir a situação hídrica do município. O objetivo principal foi discutir a comercialização indiscriminada da água na cidade.
“Queremos, junto ao poder público, proibir a comercialização e retirada de água da cidade, que é retirada para o abastecimento da vizinha cidade como São Miguel e também do Ceará, com medo de que essa água acabe e não tenhamos mais de onde tirar”, relatou um dos integrantes do grupo Juventude CJP, Lellimar Nunes, que luta pela causa.
Segundo o grupo, cerca de 42 carros pipas saem, diariamente, de Coronel João Pessoa com destino a outros municípios. Cada veículo leva em torno de 15 mil litros de água, que é vendido ao preço aproximado de R$ 10.
“É um preço vergonhoso, e o pior, sem regulamentação concluída. Pessoas contam que essa água é usada também para lava-a-jato, construção civil e outros fins e não apenas para consumo humano, como deveria ser”, destacou Lellimar.
Durante debate, que aconteceu na sede do legislativo municipal, os representantes do IGARN determinaram que os poços sejam regularizados pela prefeitura no prazo de 15 dias. Os poços que não forem regularizados, serão notificados e multados.
O IGARN também determinará, após estudo, a quantidade de água que deve sair, diariamente, de cada poço, afim de evitar um possível colapso.
Diante da discussão, o Ministério Público recomendou que o poder executivo apresente projeto de Lei que determine a quantidade de carros de pipas que podem circular com comercialização no município e o horário de abastecimento.
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