Não é hora de colocar o carro na frente dos bois. As duas legendas precisam de tempo para afinar o discurso e encontrar um caminho comum. Mais do que isso: os petistas e o grupo de Robinson Faria precisam firmar uma aliança que soe natural para o eleitor do Rio Grande do Norte.
E o fio condutor deste acordo já foi estabelecido pelo dois grupos na reunião de ontem, realizada na sede do PT: a reeleição da presidente Dilma Rousseff.
Robinson Faria foi o primeiro a declarar aos jornalistas que o foco dos partidos é a campanha de reeleição da presidente da República.
A estratégia está correta. A reeleição de Dilma pode atrair aliados importantes e históricos como o PDT e PCdoB.
Se Carlos Eduardo Alves topar uma aliança com Robinson Faria e Fátima Bezerra, a coalizão de forças pretendida por Henrique Eduardo Alves ficará desidratada.
O prefeito de Natal é simpatizante do projeto senatorial de Fátima Bezerra, mas tem se dado muito bem com Henrique Eduardo e com Garibaldi Filho nos últimos tempos.
Agnelo Alves, pai de Carlos, me dizia uma dia desses que o PDT aguarda o candidato do PMDB ao governo e cobrava uma posição de Henrique Alves.
O deputado pedetista deu a entender que o seu partido já está fechado com o PMDB. Será?
A presença de Carlos Eduardo no palanque de Robinson e Fátima Bezerra pode desequilibrar o jogo traçado por Henrique Eduardo Alves, principal jogador do processo eleitoral.
Maurício Marques, prefeito de Parnamirim, já avisou que vai com Fátima Bezerra para onde ela quiser. Não sei se o compromisso se estende para o acordo com o PSD de Robinson, mas Maurício tem sido claro no apoio a Fátima.
Na próxima semana, o PT tem conversa marcada com o PDT na sexta-feira (14). No dia seguinte, será a vez do PCdoB.
Para Robinson Faria e Fátima Bezerra, Carlos Eduardo Alves e os comunistas são mais do que bem-vindos. São fundamentais.
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