Edison Lobão (PMDB) – ministro das Minas e Energia
João Vaccari Neto (PT) – secretário nacional de finanças do
partido
Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), presidente da Câmara
Renan Calheiros (PMDB-AL), presidente do Senado
Ciro Nogueira (PP-PI), senador e presidente nacional do
partido
Romero Jucá (PMDB-RR), senador e ex-líder dos governos FHC,
Lula e Dilma
Cândido Vaccarezza (PT-SP), deputado federal
João Pizzolatti (PP-SC), deputado federal
Mario Negromonte (PP), ex-ministro das Cidades, ex-deputado
e atual conselheiro do TCM-BA
Sergio Cabral (PMDB), ex-governador do Rio de Janeiro
Roseana Sarney (PMDB), governadora do Maranhão
Eduardo Campos (PSB), ex-governador de Pernambuco e
ex-candidato à Presidência, morto no dia 13 de agosto em um desastre aéreo.
Segundo a revista Veja, Paulo Roberto entregou, ao
todo, os nomes de três governadores (considerando-se aí a atual governadora
Roseana Sarney e os ex-governadores Sergio Cabral e Eduardo Campos), um
ministro (Edison Lobão), um ex-ministro (Mário Negromonte), seis senadores e 25
deputados, além do secretário de finanças do PT. O ex-diretor da Petrobras
também confirma que houve pagamento de propina no negócio que resultou na
polêmica compra da refinaria de Pasadena, nos Estados Unidos. O prejuízo
bilionário para a empresa brasileira com a compra da unidade norte-americana
motivou a instalação da CPI da Petrobras.
O esquema partia de grandes empresas – a maior citada por
ele é a Camargo Corrêa – que, para fechar contratos milionários com a
Petrobras, transferiam parte do lucro a funcionários da estatal, a partidos da
base do governo e a políticos. Estes, antes de receber, tinham o dinheiro
lavado por doleiros.
De acordo com Paulo Roberto, relata Veja, algumas das
maiores empreiteiras do país, como a Camargo Corrêa, participavam do esquema.
Segundo o ex-diretor contou, elas transferiam parte do lucro a funcionários da
estatal, a partidos e políticos da base aliada para fechar contratos
milionários com a Petrobras. Antes de chegar ao destino final, o dinheiro era
lavado por doleiro, diz a revista.
Os números dos envolvidos pelo ex-diretor no esquema operado
e, agora, delatado por ele variam conforme a apuração. Segundo o jornal O
Estado de S. Paulo, Paulo Roberto disse que 32
parlamentares, um governador e cinco partidos políticos recebiam 3% de
comissão sobre o valor de cada contrato da estatal no período em que ele
comandava a diretoria de Abastecimento. Oúnico
nome mencionado na reportagem do Estadão é o do presidente
do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL).
De acordo com a Folha de S. Paulo, 61 congressistas e
pelo menos um governador receberam dinheiro desviado da empresa. A
exemplo de Veja, a Folha cita o envolvimento direto de três
partidos da base de Dilma: PT, PMDB e PP.
Por envolverem parlamentares e ministro de Estado, os
depoimentos serão remetidos ao Supremo Tribunal Federal (STF), responsável por
andar andamento e julgar processos contra autoridades federais. Réu em duas
ações penais – uma sobre ocultação e destruição de documentos e outra sobre
corrupção –, o ex-diretor da Petrobras aceitou a delação premiada para escapar
de uma pena que poderia chegar a 50 anos. LEIA MAIS...
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